A expressiva vitória de Ségolène Royal nas primárias francesas do PS, endossam-na como candidata presidencial e colocam de novo a Europa como locomotiva em relação aos EUA.
Hillary Clinton leva vantagem para ser, também ela candidata com hipóteses ganhadoras, presidente na América.
Longe, longe, está o nosso cantinho nacional, mas, localmente poderíamos tentar. Acima de tudo, teria um PS reformista que notar que o seu líder concelhio de Lisboa, Miguel Coelho, acumula sucessivas derrotas desde a recandidatura de João Soares contra Santana. Seria bom que Coelho tirasse ilações desses fracassos e embora tendo sido legitimamente eleito, refrescasse a sua actuação, sinceramente e com amizade, a sua humildade. No Porto, mormente a mudança constante de lideranças concelhias os resultados são os mesmos.
Em ambos os casos o PS poderia pensar novo. No Porto há muito que se espera uma candidatura de Elisa Ferreira. Em Lisboa a actual câmara só não cai por embaraço absoluto da oposição. Os nomes rolam à velocidade do cacique partidário frequente. Soube de uma sondagem que pretende qualificar a actuação dos diferentes pelouros e as possibilidades de Jorge Coelho, o mais sonante socialista lançado. É um perfeito disparate e não acredito que ele próprio aceite. Esta era a hora de António Costa, que há anos trabalha para o que realmente tem, o partido numa mão e para o que lhe escapa, o cargo de secretário-geral/primeiro-ministro noutra.
Por todos estes problemas, talvez Maria de Belém fosse uma boa e conciliadora ideia.
A hora M do PS, lançaria Maria de Belém, Elisa Ferreira e uma outra mulher, mesmo que independente. Sintra, Setúbal ou Cascais (com menos chances) aguardam por uma reviravolta substancial.
Não sendo motivo nenhum de regozijo, a verdade é que o Sporting é o primeiro clube português afastado da Champions. Os outros estão perante o mesmo problema, especialmente o Benfica. Mas, o Sporting já está efectivamente afastado da mais importante competição de clubes.
Há vários anos que se assiste a um discurso problemático, que é transversal aos clubes portugueses. Pensemos, por ora, no Sporting.
Efectivamente há uma tendência para o discurso da vítima quando as coisas não correm bem. Vide Vale e Azevedo, Veiga e outros. No Sporting é permanente. A ideia de Dias da Cunha de haver um "sistema" e acima de tudo o eco que ainda tem nos adeptos é um exemplo extraordinário vindo daqueles que sempre colaboraram com Pinto da Costa, Valentim e seus muchachos. Cunha foi dos seus principais aliados e a massa associativa acredita no tal sistema e acredita na condução contínua do clube. Existe hoje uma massa pensante (uma espécie de maioria silenciosa) que não se revê nesta estratégia do Sporting. Uma coisa é falar em "sistema", outra é colaborar com ele, uma coisa é ter uma equipa formada com a prata da casa, outra é assegurar que, sem maturação, vencerá tudo e todos. Uma é dizer que se fará um estádio independentemente do Euro 2004, outra é vendê-lo, com excepção das cadeiras e do relvado, porque não está no seu "core business" a administração de espaços comerciais. Uma é ter uma Academia pomposa, outra é ela ter custos incomportáveis, que acabará por ser obviamente entregue às entidades do Estado. Aliás, desde Paulo Futre que o Sporting prima por formar grandes e muitos jogadores. O Benfica, pelo contrário desde Rui Costa, com uma excepção: Manuel Fernandes. Nem uma, nem outra situação advêm de ter ou não paredes, vários relvados, piscinas, pessoal, consumíveis, hotelaria, restauração, segurança e etc. Tratam-se de políticas e estratégias objectivas, cujos frutos revertem para a gestão corrente (mesmo assim receita extraordinária) e não para o funcionamento desses espaços. É para mim evidente que todos os clubes grandes entregarão esses centros de estágio. Alguém acredita que a venda de Nani reverterá para o custo da Academia, mesmo não tendo sido lá formado? Ou algum dos próximos?
Acresce a isto que o discurso de tasca, aquele que vê o Sporting como o Calimero do futebol português, leva hoje a uma menos valia da sua massa crítica. Todos eram contra a entrada de Paulo Bento, todos foram a favor da saída de Peseiro, quase todos assobiaram de Figo a Barbosa. Porque o sportinguista comum acha que é vítima de terceiros e não da sua própria ignorância, o tal factor racional que falta muitas vezes ao adepto, mas que pode muito bem fazer a diferença na exigência que tem de ter em relação à gestão de um clube. No passado jogo com o Braga é um fartote intenso observar o modo como o "sportinguista típico" e a maioria presente dos adversários viam as decisões, quase totalmente acertadas do árbitro. Cada um, sempre ao contrário da decisão justa, a favor do seu interesse emocional. E mesmo aqueles que acreditam que não foi pénalti (quando o juiz marca, é sempre pénalti) contrastam com os que acham que o lance de mão dentro da área, era (quando não marca, não é). Este é o princípio que leva ao esquecimento que Tello não vê amarelo quando faz mão intencional à entrada da área e três minutos depois o árbitro não o mostra ao adversário que comete falta idêntica, porque "seria o segundo".
É evidente que esta ignorância emocional é favorável ao adepto adversário. Quantas vezes se pensa: "espero que percam, nem que seja com a mão", ou, "dêem cacetada porque os outros também estão a dar!", diz o fervoroso que não gosta realmente, não sabe e não percebe o futebol. No Benfica, por exemplo, a ideia desde Vale e Azevedo é, também por osmose. Para Pinto da Costa, Pinto da Costa e meio, esquecendo-nos que só temos mesmo meio. Mesmo para o portista, que acho globalmente o mais fundamentalista e estupidamente radical, não olhar para dentro, significa, por exemplo, que a venda de uma equipa campeã da Europa e a permanente apresentação de prejuízos, só obriga à permanência dos mesmos, sem direito a visão estratégica diferenciada e contínua perpetuação de uma lógica de benefício muito discutível. É o clube que sai a ganhar, ou serão alguns dos seus dirigentes?
O Sporting foi eliminado da Champions e lutará com os outros clubes pelo título nacional. Os adeptos acharão que o "sistema", com o qual sempre colaboraram, de Veiga a Pinto da Costa, de Valentim a Pinto de Sousa, os vai acabar por prejudicar. Isso é pena. Porque aquilo que se inveja é a capacidade de colocar jogadores formados como titulares, a cara, a camisola e a alma do seu clube. Isso não traz resultados imediatos. Pensem se Ronaldo e Quaresma fossem quadros activos do Sporting, onde estariam hoje. Provavelmente destacados na primeira liga, provavelmente nos oitavos da Champions. E para o ano? Depois de um previsível (opinião pessoal) fracasso na Liga, a eventual (opinião pessoal) venda de Moutinho e Nani, como será a próxima época? Já sei, na opinião do tasqueiro fundamentalista. O "sistema", o árbitro, o Veiga, o Pinto da Costa, o pobre Ricardo e o no limite o, "from hero to zero", Paulo Bento.
Nem aqueles que fingem, ou são mesmo ingénuos, por tal falta de genuinidade, deixarão de cair no ridículo daquilo que alguma ou muitas vezes pensaram.
Depois de um Congresso sem chama e que elegeu listas de dirigentes sem grande "dinâmica reformista", que melhor poderia esperar José Sócrates que os líderes da direita desatarem aos tiros para os pés uns dos outros?
O fim da aliança na CM Lisboa é talvez a melhor alegoria para a semana horribilis da direita portuguesa. É uma perfeita metáfora do que foi o esquema e a sucessão de Durão Barroso. Não concorrendo juntos os entendimentos pós eleitorais cheiram sempre a acordos tácticos pouco consistentes, pouco duradouros. A entrevista de Cavaco, a entrevista de Santana e a resposta de Marques Mendes, revelam uma direita a disparar contra si própria, sem rumo, sem estratégia. O único facto que considero verdadeiramente importante é a revelação da chantagem de Durão Barroso sobre Sampaio e especialmente a cobardia deste: só aceitaria o cargo europeu se não tivesse em causa a estabilidade. E, de facto, o que se seguiu foi mesmo estabilidade, não há hoje qualquer dúvida...
Entretanto, Humberto Costa no Expresso de hoje (tendo já tido repercussões nos blogues) lança um comentário/notícia enganador que é preciso retificar. Sustenta que Santana teve mais audiência que Cavaco, portanto "ganhou" a guerra das audiências. É um perfeito disparate, actualmente, comparar o espectro da RTP1 com a SIC Notícias. De facto, a diferença de um por cento de share, confere uma escandalosa vitória ao canal de notícias de Carnaxide e deveria fazer-nos pensar sobre o financiamento do canal público, os seus critérios editoriais e as suas chefias!
Confesso que vi os primeiros dez minutos de Santana. Gosto daquele estilo retórico, dos dramas, do seu espírito de vítima. Diverte-me. E penso no pobre povo português que o leva mesmo a sério.
Numa animada discussão sobre os critérios editoriais iluminados de Judite de Sousa, apostei que o convidado de hoje seria Carvalho da Silva. Enganei-me.
O círculo próximo assim obrigou. Não houve, editorialmente claro, Orçamento de Estado nem Congresso do PS. O convidado será o Sr. Lopes. Para a semana aposto em Luís Filipe Vieira.
Declarações para todos os gostos: nojentas ou engraçadas
As de Scolari sobre Queiroz são nojentas. Até quando vai o pessoal aturar este tipo? As de Vieira sobre a família de Veiga são engraçadas. Eles que já disseram tudo o que quiseram, sem pensar nas famílias dos visados, mas, é assim, dramatiza-se e resulta: os benfiquistas acreditam que Veiga é uma vítima.
E se um dia o mundo se virasse ao contrário e o mais famoso apresentador convidasse Borat como figura central e Martha Stewart como suporting guest? Esse dia foi ontem. America changes.
Já não se consegue disfarçar a falta de liderança no seio dos jogadores da selecção nacional. Para já porque o treinador não fala de outra coisa. E depois de ter incrivelmente, perante o silêncio de um país inteiro, sugerido a possibilidade do irresponsável Cristiano vir a ser capitão, veio agora justificar que Andrade é um líder e por isso foi chamado independentemente da forma em que se encontra. Então porque não evitou a reforma antecipada de Rui Costa a seguir ao Euro 2004?
Vamos lá colaborar positivamente: o único jogador excepcional nesta selecção é Ricardo Carvalho. Ele é que deveria ser o capitão.
E se o terrífico Apartheid tiver tido consequências positivas? Assim parece. A África do Sul é o primeiro país do mundo a garantir a igualdade de escolha sexual via constituição. Inclusive para cerimónia religiosa. Os sul africanos sabem, como ninguém, o que pode ser a discriminação. Atrasados como viveram, adiantaram-se agora à humanidade.
Poderá alguém de esquerda ficar contente com o poder desmesurado da banca?
... Sim. Se for do Benfica e se a banca for Luxemburguesa. Demitiu-se um dos maiores inimigos de sempre da história do Benfica. Venham (saiam) os próximos.
Cavaco Silva organizou uma conferência para discutir a globalização. Estranha o estúpido escriba que nunca tenha falado sobre essa matéria enquanto desempenhou funções executivas, enquanto passou pelo seu deserto e enquanto tinha os holofotes de uma candidatura vencedora à partida. Cavaco teve de ser presidente, de dispor dos meios de consultoria ao seu dispor, para colocar o dedo na ferida. Ainda que de uma forma fraquinha, muito atrás de outros que há muitos anos, pensam, explicam e espalham o assunto.
Santana Lopes lançou um livro sobre o seu período à frente do governo. Esqueçamos a personagem, esqueçamos o livro. Está todo queimado. Lançar-se-á a Loures ou Amadora e pode até ganhar, mas a história não se repetirá, daí não conseguirá sair. O que parece não é o que transparece: Luís Delgado, seu eterno acólito, conclui na SICN que nunca se aceita o poder se for dado (parêntesis justificado: Delgado demonstra permanente estupidez. Se aparentasse isenção, de vez em quando, conseguiria fazer valer os seus pontos de vista. Olhe para Sousa Tavares, periodicamente, Carlos Magno e Avillez Figueiredo). Sempre achei que Sampaio deveria ter convocado eleições quando Durão abandonou, pelo simples facto de a maioria ser contra natura. Não tinha concorrido junta, nem o voltou a fazer. Tratava-se de um arranjo governamental pós eleitoral. E esse seria o maior argumento para não aceitar que outro conseguisse o que Durão conseguiu: juntar PSD e PP.
Mário Soares apresentou, dia 30 de Outubro o livro "Um Diálogo Ibérico no Contexto Europeu e Mundial" que escreveu com Frederico Mayor Zaragoza, no qual sustenta uma estratégia iberista concertada. Esperemos, cheios de medo, que um grupo de ex. militares escroques não o processem... Ontem, voltou a falar dos Estados Unidos da Europa como única forma de reequilibrar a hegemonia americana. Defendeu como prioridades imediatas o Ambiente, o Mar e a Política Social. É preciso não esquecer que quanto mais federalista for a Europa, mais terá de tratar todos de forma igualitária. Melhor estratégia para Sócrates não podia haver.
A Sócrates não falta táctica e dinâmica reformista. Aferiremos agora a capacidade de orientação estratégica.
A semana passada foi discutido e aprovado o Orçamento de Estado para 2007. Marques Mendes cometeu uma estrondosa gafe, que incrivelmente passou totalmente despercebida nos órgãos de comunicação social, pelos colunistas e articulistas.
Confrontado por José Sócrates por ter ido à Madeira mostrar uma estranha comiseração pelo seu arqui-inimigo, Alberto João, Mendes respondeu que José Sócrates é que falhara ao não ir a Felgueiras apoiar Fátima nas últimas autárquicas.
Não basta que o próprio Mendes tenha apresentado candidatos contra cidadãos a contas com a justiça (Gondomar e Oeiras) o que revela a estupidez do argumento.
O que ele realmente disse, ao comparar a Madeira com Felgueiras, é que Alberto João Jardim é um corrupto e ele, corajoso, foi lá demonstrar solidariedade.
Acreditem que o humilde escriba já ouviu alguns discursos políticos. Alguns, não muitos...
O discurso que António Costa acaba de proferir na Assembleia da República, como conclusão do debate sobre o OE para 2007, é dos melhores que ouvi na vida!
Só esta tirada: "(...)A oposição só discutiu, ao longo de três dias, as SCUTS e as taxas moderadoras, que representam 0,26% do Orçamento de Estado(...)"
Manuel Alegre não bateu palmas, votou a favor, mas com uma declaração à mesa. Vaidoso sou eu.
As eleições parcelares americanas representaram uma clara vitória dos democratas. Consideradas um verdadeiro referendo à Guerra no Iraque tornaram-se num pesadelo para a Casa Branca. Falta ainda que os Republicanos reconheçam a derrota na Virginia, para que os Dems assumam também o controlo do Senado. Rumsfeld, amigo de Portas, demitiu-se, mas o timing é uma charada...
Este escrutínio foi marcado pela preocupação dos eleitores com a corrupção e por diversos escândalos do foro pessoal, amplamente expostos pelos anúncios dos adversários. É bom que os cruzados contra os direitos dos homossexuais saibam duas histórias verdadeiramente importantes neste contexto. O congressista Mark Foley viu a sua carreira arruinada por ter assediado por e-mail um rapaz adolescente, estagiário no Congresso, cinco semanas antes do plebiscito. O líder da Igreja evangélica americana, Ted Haggard, foi também confrontado, na semana passada, com as acusações de um prostituto que revelou que o pastor manteve relações sexuais com ele, pagando-lhe inclusivamente com drogas. Haggard era conselheiro pessoal de George Bush, com quem reunia semanalmente. O mais engraçado foi que começou por negar as alegações dizendo que teriam sido só massagens... Já o acusador, Mike Jones, garantiu que o timing da sua denúncia não foi por acaso, mas inserida no contexto das eleições e como arma de defesa dos direitos da comunidade gay por via da exposição desta sublime hipocrisia.
Escusado dizer que ambos, Foley e Haggard, eram verdadeiros pregadores contra os homossexuais, seus direitos, liberdades e garantias.
Noutro prisma, deixo-vos com a gafe de George Allen. Este rapaz, ex. Senador da Virginia, era, a par de Rudolph Giuliani, a grande esperança republicana para as presidenciais de 08. Com esta tirada racista este senhor vai para casa e espera-se que por muitos e longos anos. Nightline on George Allen
Estas eleições revelaram igualmente que para as vencer os democratas tiveram de fazer um inversão centrista do discurso, com especial enfoque para Howard Dean e Nancy Pelosi, o que é ideologicamente preocupante. Assim, todos os Republicanos (importantes) moderados perderam.
A poucas horas de fecharem as urnas os Democratas estão quase, quase, a conseguir uma vitória histórica.
Vencerão na Câmara Baixa (House of Representatives) e Nancy Pelosi prepara-se para ser a primeira mulher a desempenhar funções de Madam Speaker, ou seja líder do Congresso Americano.
Quanto ao Senado, nesta altura as contas estão apertadas em Missouri, Maryland, Rhode Island Tennesse e Virginia, mas tudo leva a crer que os Democratas recuperarão 6 Senadores e ficarão em maioria também na Câmara Alta.
É preciso ter fair play. As declarações do Presidente de Portugal, Cavaco Silva, condenando a pena de morte aplicada a Saddam Hussein e declarando que Portugal é um país contra a pena de morte merecem parabéns. É bom ver este lado humanista do presidente e só lamento que seja a primeira vez, que me lembre, que se tenha "atravessado" verdadeiramente por uma causa. Esperamos mais! Mas, esta condenação de Cavaco Silva, merece todos os elogios.
Daqui a dois dias os EUA vão a votos. Trata-se das eleições para o Congresso que acontecem estrategicamente no meio dos mandatos presidenciais, de forma a criar equilíbrio nas forças do poder.
Para a generalidade da Imprensa americana estas eleições são um verdadeiro referendo à guerra no Iraque. Assim, pode dizer-se que os democratas conseguiram marcar a agenda da campanha eleitoral e, fruto disso, lideram a generalidade das sondagens.
Vai daí que a administração Bush decide condenar, através da "justiça Iraquiana", Saddam Hussein à morte a dois dias das eleições, de modo a tentar tirar dividendos eleitorais. É assim mesmo. Por umas eleições condena-se um tipo à morte. Já não falta mesmo nada, já vale tudo!
A pena de morte é um acto contra os direitos humanos, seja aplicada a quem for, inclusive àquele que não duvidamos ter chacinado muitos dos seus compatriotas. Mas por princípio a pena de morte não deve, em nenhuma circunstância, ser aplicada. Para além de neste caso levantar questões assombrosas: 1º) Saddam será, para aqueles que o apoiam, um mártir, o que é, para todos os efeitos, uma vitória. 2º) Responde-se a um ditador assassino com democracia assassina? Afinal, o que nos distingue dele? 3º) Como viu bem Medeiros Ferreira, os crimes pelos quais lhe foi sentenciada a pena capital são de 1982, altura em que Saddam era um aliado dos EUA. 4º) A humilhação ao povo iraquiano continua: quem acredita que o timing desta decisão não foi ordenado pela Casa Branca?
Finalmente acreditar no povo americano. Infligir uma pesada derrota aos republicanos seria a melhor resposta à loucura do actual regime.
1º- Recebo o mais honroso de todos os convites profissionais, a mulher diz que um gajo fica com a auto-estima a bater ferros. Guess what... É verdade!
2º- Escrevi aqui, a 04-11-2004, que Barack Obama seria o melhor candidato democrata para a presidência. Mais tarde, reconheci aqui, a 15-10-2006, que Hilary Clinton seria a candidata ideal, mas sempre pensando que Barack Obama deveria ser vice-presidente. Guess what. As sondagens mostram que estão os dois no topo da lista das preferências dos americanos.
3º- Fala-vos frequentemente do "meu" futebol. Do nojo das claques, do nojo de dirigentes, do nojo em que se está a transformar o futebol entre portas. Guess what. Ontem, quase vinte mil adeptos do Celtic presentearam-nos com espectáculo, fair play e dedicação. Os próprios benfiquistas bateram palmas aos seus heróis de 67 e saudaram-nos no final. Um jogo incrível com o ambiente mágico com que sonho ver jogos. Com que sonho ver o jogo. Assim vale a pena!