Guerreiro Menino
Depois de um Congresso sem chama e que elegeu listas de dirigentes sem grande "dinâmica reformista", que melhor poderia esperar José Sócrates que os líderes da direita desatarem aos tiros para os pés uns dos outros?
O fim da aliança na CM Lisboa é talvez a melhor alegoria para a semana horribilis da direita portuguesa. É uma perfeita metáfora do que foi o esquema e a sucessão de Durão Barroso. Não concorrendo juntos os entendimentos pós eleitorais cheiram sempre a acordos tácticos pouco consistentes, pouco duradouros.
A entrevista de Cavaco, a entrevista de Santana e a resposta de Marques Mendes, revelam uma direita a disparar contra si própria, sem rumo, sem estratégia. O único facto que considero verdadeiramente importante é a revelação da chantagem de Durão Barroso sobre Sampaio e especialmente a cobardia deste: só aceitaria o cargo europeu se não tivesse em causa a estabilidade. E, de facto, o que se seguiu foi mesmo estabilidade, não há hoje qualquer dúvida...
Entretanto, Humberto Costa no Expresso de hoje (tendo já tido repercussões nos blogues) lança um comentário/notícia enganador que é preciso retificar. Sustenta que Santana teve mais audiência que Cavaco, portanto "ganhou" a guerra das audiências. É um perfeito disparate, actualmente, comparar o espectro da RTP1 com a SIC Notícias. De facto, a diferença de um por cento de share, confere uma escandalosa vitória ao canal de notícias de Carnaxide e deveria fazer-nos pensar sobre o financiamento do canal público, os seus critérios editoriais e as suas chefias!
Confesso que vi os primeiros dez minutos de Santana. Gosto daquele estilo retórico, dos dramas, do seu espírito de vítima. Diverte-me. E penso no pobre povo português que o leva mesmo a sério.
O fim da aliança na CM Lisboa é talvez a melhor alegoria para a semana horribilis da direita portuguesa. É uma perfeita metáfora do que foi o esquema e a sucessão de Durão Barroso. Não concorrendo juntos os entendimentos pós eleitorais cheiram sempre a acordos tácticos pouco consistentes, pouco duradouros.
A entrevista de Cavaco, a entrevista de Santana e a resposta de Marques Mendes, revelam uma direita a disparar contra si própria, sem rumo, sem estratégia. O único facto que considero verdadeiramente importante é a revelação da chantagem de Durão Barroso sobre Sampaio e especialmente a cobardia deste: só aceitaria o cargo europeu se não tivesse em causa a estabilidade. E, de facto, o que se seguiu foi mesmo estabilidade, não há hoje qualquer dúvida...
Entretanto, Humberto Costa no Expresso de hoje (tendo já tido repercussões nos blogues) lança um comentário/notícia enganador que é preciso retificar. Sustenta que Santana teve mais audiência que Cavaco, portanto "ganhou" a guerra das audiências. É um perfeito disparate, actualmente, comparar o espectro da RTP1 com a SIC Notícias. De facto, a diferença de um por cento de share, confere uma escandalosa vitória ao canal de notícias de Carnaxide e deveria fazer-nos pensar sobre o financiamento do canal público, os seus critérios editoriais e as suas chefias!
Confesso que vi os primeiros dez minutos de Santana. Gosto daquele estilo retórico, dos dramas, do seu espírito de vítima. Diverte-me. E penso no pobre povo português que o leva mesmo a sério.
3 Comments:
Caro HB:
Concordando com a tua análise, deixo aqui uma rectificação. A entrevista ao "Nosso" Presidente foi na SIC Generalista (repetido mais tarde na SIC Notícias).
E a direita que se endireite pois um País não se faz só de um Governo Reformista mas também de uma Oposição Capaz, o que não tem acontecido.
Abraço.
GL
Agradeço, amigo, a correcção. De facto, estava em casa de Iris Lopes e não pude ver...
Afinal de contas o "nosso" ex. primeiro ministro teve mais audiências que o presidente.
Oposição capaz, não é só à direita. A de esquerda também precisa de se refrescar...
Abraço.
Caro amigo:
Agora percebi de onde veio a confusão. Não há coincidências.
O editorial do Expresso da Semana passada, que foi a minha fonte, só falava na SICN. Esta semana ao pedirem desculpa, percebi tudo.
Abrç
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