segunda-feira, dezembro 26, 2005

Até Pró Ano!

Não vou poder postar até 4 de Janeiro, dia em que regresso daqui.

E não é para fazer inveja. Ehehehehehehe...

sábado, dezembro 24, 2005

Devaneio de Natal

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Sobre o debate: a questão política.


O empate técnico (com ligeira vantagem de Soares, abaixo da margem de erro) atribuído pelos portugueses, na sondagem relâmpago da Eurosondagem, encerra uma nova esperança para os que apoiam Mário Soares, uma vez que como se sabe, Cavaco leva uma ampla vantagem junto do eleitorado, que no entanto, não lhe deu qualquer hipótese, ainda que tendenciosa, de ter vencido.

Independentemente do que se possa achar das prestações, uma coisa parece ser clara: Soares candidata-se para ser Presidente tal como esse papel político está definido e Cavaco candidata-se para ser algo mais que Presidente da República. É assim natural que esteja à frente nas intenções de voto: provavelmente os eleitores acham em grande medida que dada a situação em que o país se encontra, é preciso um abanão, é preciso uma magistratura com as mãos na massa, o que ele hoje esclareceu como uma "magistratura activa". Isso está errado e prova que Soares tem razão política para denunciar o embuste. Acresce que Cavaco nunca se pronunciou sobre a alteração aos poderes e intervenção presidencial, o que cria na sociedade uma espécie de mudança de regras durante o jogo, algo que Sampaio sempre alertou para que se evitasse, do ponto de vista legislativo.
Há menos de um ano Portugal vivia com o pior governo da história da nossa democracia. Votámos numa clara vitória de José Sócrates e do PS. O que esperavam os portugueses neste curto período? O mesmo que esperam agora de Cavaco: uma varinha mágica. Pois desenganem-se já! Nem Sócrates vai resolver os graves problemas do país numa legislatura, nem Cavaco vai ajudar, pelo contrário, com a sua personalidade omnipotente só poderá acrescentar a "tal crise política".
É ou não evidente que mesmo antes das eleições ocorrerem, Cavaco procura condicionar a acção do Governo? Como seria com a legitimação do voto popular?

Este debate foi verdadeiramente importante. Agora ninguém se poderá queixar. Soares quer ser Presidente da República e Cavaco quer mais qualquer coisa. Decidam o que decidirem, os portugueses farão uma escolha sobre a qual depois não se poderão queixar, nem imputar aos políticos, os errantes de serviço. No momento do voto poderemos dizer quem realmente queremos para representante, escolher uma personalidade que seja o espelho do que achamos que, colectivamente, somos, ou gostávamos de ser.

Uma frase perdeu-se no barulho das luzes televisivas da realização: "O senhor não lê livros, lê os dossiers". A verdade e a sua versão sintética.

domingo, dezembro 18, 2005

O verdadeiro Alegre

É hoje clara a opção que os portugueses têm: eleger Cavaco à primeira volta ou impedir que isso aconteça, votando (obrigatoriamente) em qualquer candidato da esquerda.
Neste caso, Soares disputará uma 2ª volta histórica com o candidato da direita, não só porque a distância para os companheiros é substancial, como o seu talento é reconhecido e verificável no contexto do seu percurso e também porque segurará garantidamente o eleitorado do PS, ferido e a perceber as duas vinganças de que está a ser alvo.
Pergunta: no limite em que no encontramos, o que gostaria mais o eleitor de esquerda? Que Soares não se tivesse lançado nesta aventura ou que Cavaco perdesse surpreendentemente, contra todas as lógicas pré estabelecidas a este combate?

Manuel Alegre, sejamos claros, tem-se demonstrado igual a si mesmo. Conta-me quem o conhece que é profundamente arrogante, que trata quase todos os seus colegas de bancada como inferiores, tal é a redoma intelectual em que se imagina.
Manuel Alegre relega o partido a que sempre pertenceu, de que é dirigente, ao qual se candidatou a Secretário Geral há menos de um ano, procurando agora uma profunda divisão no partido, contra José Sócrates e os actuais dirigentes do PS.
Manuel Alegre é o detentor único da verdade e dos valores. Quando as sondagens o davam à frente, procurava galvanizar as suas hostes. O resultado é o que se vê, ninguém comparece, ninguém se entusiasma, ninguém se atravessa. Quando as sondagens o dão atrás, estão marteladas.
Há um segredo que ainda não foi (nem o será até ao fim desta epopeia) contado: se Soares não tem avançado, estava em curso uma verdadeira crise política no PS, com uma cisão terrível que teria como consequência uma provável implosão da actual estrutura. O PS não seguiria Alegre, como nunca seguirá Gama ou outros lideres de facção limítrofe (por isso o partido consegue um equilíbrio vital para a sua existência).
Pergunta: não será isso uma atitude contra os partidos e os seus funcionamentos? Não será isso pouco democrático, dada a importância vital dos partidos no nosso regime, não obstante os profundos problemas dos seus actuais funcionamentos?
Pergunta: se a ideia tem pegado, como seria de futuro? Um militante candidatava-se a Secretário Geral e se perdesse, se não convencer os seus pares, apresentava outros candidatos (primeiro-ministro, presidente de câmara e etc.), se não concordasse com as escolhas dos órgãos legitimamente eleitos?

Manuel Alegre ofende-me quando fala contra uma das medidas mais importantes tomadas após o 25 de Abril.: o fim serviço militar obrigatório. Porque muitos jovens portugueses foram obrigados a combater contra sua vontade natural e; como fiz o SMO, testemunhei todos os maus tratos físicos e abusos à integridade psicológica do ser humano, que são descritos e transcritos e que, posso dizer com conhecimento de causa, são verdadeiros.
Manuel Alegre, como pescador e caçador (no âmbito das actividades desportivas e não de sobrevivência) e apreciador de touradas, revela que é uma boçal criatura, mascarada de intelectual burguês.
Manuel Alegre traiu o seu mestre e mentor político de sempre, Mário Soares. Usa esse argumento contra Soares e Sócrates, porque sabe que é estrategicamente impossível aos outros exporem os factos.
Mesmo sobre a sua obra literária, que nestas ocasiões é tão empolada e independentemente do gosto contemplativo de cada leitor (indiscutível e inalienável), seria bom ouvir a opinião consistente dos literatos académicos do nosso país.
Manuel Alegre cita os artigos dos seu entrevistadores, para justificar posições políticas e citou Sophia de Mello Breyner no próprio debate moderado por seu filho.
Pergunta: isto não é ser profundamente hipócrita?

Manuel Alegre vai falhar esta sua candidatura, enganando algumas pessoa que estão de certeza de boa fé, no seu legítimo apoio. Mas o seu futuro político não ficará impoluto. Manuel Alegre pagará bem cara esta vergonhosa situação. E mesmo que o PS não o possa excluir (por motivos éticos e de damage control), o mínimo é que ele próprio o faça.
De uma coisa nunca mais se vai livrar: estragou toda a sua vida política activa. Passou de militante referência a persona non grata.
Passe à prática, Manuel Alegre. Demonstre que é possível a participação política a nível nacional, fora dos partidos. Ou vai continuar a mamar à conta do PS, como fez até agora?

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Encontros e desencontros de amigos

1. Ontem houve um debate entre dois grandes amigos. Soares e Alegre encontraram-se na TVI para discutir as suas candidaturas a Belém.
Em primeiro lugar, mais uma vez a questão estratégica de Soares, tão amplamente discutida na Opinião Pública, não só em relação aos debates, como em relação a toda a sua campanha. Ontem Soares não poderia arrasar Alegre. Trata-se de hostilizar o menos possível, não o candidato, mas o seu eleitorado. Nesse aspecto foi essa a tónica dominante, a que sobressai do debate.
Em segundo era essencial esclarecer e falar sobre aquilo que separa dois históricos amigos. Nenhum deles fugiu a essa matéria.
Em terceiro e como tinha de haver alguma divergência, o momento delicioso do debate foi quando Soares interpela directamente Alegre e este cai na armadilha, direitinho. Com aquele ar de quem está interessado na resposta, Soares, conseguiu demonstrar o verdadeiro Alegre. Já no debate com Cavaco, Alegre falou em pensamento estratégico e Cavaco em cooperação estratégica. Soares viu bem que falavam do mesmo: DE COISA NENHUMA.
Assim, no debate de ontem, pela primeira vez, dois candidatos e nesse preciso momento, verdadeiramente debateram. Soares assumiu a posição de mestre e Alegre baixou a cabeça e assumiu a de aprendiz.
A sondagem flash realizada pela Eurosondagem, dá um empate técnico (com vantagem decimal, muito abaixo da margem de erro) das duas prestações. Eu concordo que houve um empate. Mas na verdade essa sondagem revela que Soares ganhou amplamente o debate. Porque pergunto: como responderam os que apoiam Cavaco?

(Um aspecto deveria ser imediatamente corrigido pela candidatura de Soares. Alegre e Roseta andam a dizer que todas as sondagens o dão à frente de Soares. Passa-se o contrário. Tirando a da Marketeste (de início de Novembro) todas as posteriores, Eurosondagem e Aximagem, inverteram a tendência e dão vantagem a Soares. Isto porque, como avisam os nossos adversários, vai sair uma sondagem Bomba... E alguém acha que, embora possam falhar por poucos pontos, alguma empresa martela os números? Se sim, significa que estavam martelados até agora?).

2. Ontem Jorge Sampaio lançou as suas ridículas memórias. Manifestou apoio subliminar a Alegre, disse que o Prof. Marcelo era um comentador independente (Santa Vaidade, ao que obrigas. É como ter escolhido Lobo Antunes para mandatário: quem vier atrás que se lixe), recebeu alguns dos tranvestidos apoiantes de Soares (como Martins e Cia.) e muitos membros do governo.
As câmaras mostravam a plateia. O Prof. Marcelo, com alusões a Craveiro Lopes, elogiava Sampaio, que embevecido e comovido (acredito que genuinamente) esboçava uma lágrima. De novo na plateia amigos de circunstância e outros que o são verdadeiramente, poucos.
Não pude deixar de pensar na ausência de Ferro Rodrigues. Na verdade, Sampaio para se fazer isento, prejudicou e traiu um amigo de sempre. Se tivesse sido verdadeiramente um árbitro nunca teria tramado Ferro. Na tal teoria do quadrado, Sampaio levará para o seu caixão político, a ausência de muitos. Ferro Rodrigues à cabeça.
Para mim: fui seu Mandatário Distrital da Juventude de Lisboa, nas eleições de 2001 mas achei o seu mandato abaixo do admissível. FOI UM MAU PRESIDENTE DA REPÚBLICA.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

MP3

Anteontem na sede de candidatura de Mário Soares, ouvi Veiga Simão falar sobre ensino superior. E não tendo expectativas, nem conhecimentos sobre a matéria, fiquei agradavelmente impressionado com a visão estratégica do Ex. ministro.

A páginas tantas Veiga Simão falou sobre o seu apoio a Mário Soares. Que reflectiu, hesitou e finalmente decidiu apoiá-lo, enviado-lhe uma carta (estas coisas giras dos antigos) com essa tomada de posição.
Disse Veiga Simão que nessa carta sugeriu que Soares fizesse um grande Congresso da Juventude.

Sabendo que estavam lá alguns dos coordenadores da campanha jovem de Soares, apesar da azáfama electrizante que nestas alturas pouco tempo dá para ouvir os outros, gostaria de saber o que pensam desta ideia e se a vão realizar.

Achei brilhante e não hesitava um segundo.

E ela vai?

Hoje haverá um debate, às 15.00h no Chapitô, com os Mandatários para a Juventude dos candidatos presidenciais.
A grande dúvida é: será que Kátia Guerreiro vai aparecer?

terça-feira, dezembro 06, 2005

Shiu!


'Bora aí continuar a falar sobre as ideias ontem apresentadas. E publicar na blogosfera e nos jornais e discutir nas TV's os projectos propostos e enfaticamente defendidos pelos compinchas Alegre e Cavaco.








PS- O Correio da Manhã apresenta hoje uma sondagem da Aximagem. Cavaco com 50,9% (desceu mais de 5% desde Novembro!) está à beira de não vencer à 1ª Volta e Alegre com 12,5% (desceu mais de 5% desde Novembro!) é agora o terceiro nas intenções de voto.
Convém não espalhar mas Soares aparece em 2º com 15% (subiu 5% desde a mesma altura). Vai uma aposta que Soares vai ter 20% e forçará a 2a Volta? Mas disto não convém falar... Shiu!

Estou à rasca.

Preciso que alguém me ajude! Depois do MTV e amanhã o Manchester, o Bessa na festa do título, os U2 e só para citar os mais recentes, sou um verdadeiro apreciador de grandes eventos. Tenho tido a sorte de arranjar bilhetes e agora estou à rasca.

Alguém me arranja bilhetes (eu compro) para o concerto de Kátia Guerreiro no S. Luiz?

PS- Peço aos meus companheiros de blogues que espalhem este pedido, que é também uma forma de se associarem a este mega acontecimento na sociedade portuguesa. E não querendo ser irónico, nem brincar com coisas sérias, este evento só tem comparação com um outro que aconteceu em 1974. A 25 de Abril.

Substituição

Custou alguma coisa? Pergunto: custou alguma coisa debater? Não, pois não?

Um bom debate. A forma é boa: o povo estava farto dos debates de gritaria, como os das autárquicas. Ontem ouve a dignidade que Cavaco pretendia e Alegre cumpriu.

1º- Cavaco finalmente falou sobre matérias específicas;
2º- Alegre finalmente e desde que se "insuflou" não se queixou do mundo a que pertence/diz que não pertence;
3º- Chocho é a expressão que, julgo, é unânime para caracterizar o debate;
4º- Alguém deve alertar ambos para uma outra simples palavra, que é a base de toda a causa política: CONVICÇÃO;
5º- Alguém imaginava que Cavaco e Alegre sejam tão parecidos? Fiquei surpreendido com este dado novo no xadrez;
6º- Outra coisa que às vezes dá jeito, sei lá, aprende-se na política juvenil, é ideias. Convém que quem se mete nestas coisas tenha uma ideia, pelo menos uma, criativa e que já agora corresponda os anseios dos cidadãos;
7º- As coisas raras em que Soares se engana. Os debates não lhe vão servir para nada. Para arrasar aqueles dois basta um Louçã/Jerónimo da vida. Eu no lugar do nosso Presidente enviava um substituto. O jovem Pedro Nuno Santos (da JS) seria suficiente ):

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Portugal Maior

Esta frase faz-me pensar. Como podemos fazer um país maior? A questão e até dada a vantagem actual, poderia ser colocada noutros moldes. Portugal Melhor. Esse seria um bom mote. Mas não. O slogan é Maior.
Como? O Estado pensou nisso.

1º- Uma anexação dos territórios da Galiza seria difícil. Não que os Galegos não quisessem, mas Sua Majestade e o Governo de Madrid não aceitariam perder o único território fronteira com o Atlântico. Uma guerra com Espanha traria nesta fase um problema de amplitude financeira (por favor ler este termo com a mesma entoação que o candidato faz sempre que o aplica): um eventual boicote de nuestros hemanos, esvaziaria as prateleiras da Zara, faria com que os danoninhos passassem a ser adquiridos exclusivamente no mercado negro e pior que tudo, os benefícios da Repsol para os 300 mil eventuais sócios do Benfas seriam retirados sem apelo nem agravo.

2º- Apoiar os protocolos internacionais contra o aquecimento global. Esta questão é um pouco tabu, uma vez que o candidato nunca ouviu falar neste tema, a não ser uma secretaria de Estado que se chamava do Ambiente, mas que não estava integrado nas Finanças, portanto devia ser um assunto relacionado com essas chatices da cultura ou da Educação. Ora não que Portugal seja por aí além determinante na matéria dos icebergs que derretem, face por exemplo a países como os Estados Unidos ou a Austrália. Mas uma posição ambientalmente inequívoca do nosso país ajudava ao lóbi internacional da causa.
O mar ganha, por este efeito, terreno à terra. Que se lixe a conservação ambiental! O que dava jeito era que o processo fosse contrário: um aumento do território nacional em detrimento do Oceano (que afinal não precisa de tanto espaço, veja-se por exemplo o Oceanário ou o Zoomarine: os bichos adaptam-se bem aos aquários. Especialmente os peixes).
Esta situação era mais económica (leia-se como se deve ler financeira): evitava-se uma guerra e/ou a construção de diques (mais obras públicas tão contestadas nos dias de hoje, tão úteis no passado).

3º- A integração do enclave de Olivença. Esta seria a solução mais pacífica. Até porque teria o apoio da ampla base eleitoral que suporta Manuel Alegre. Atenção: não a meia dúzia de gatos pingados que aparecem todos os dias na televisão com ele. Muito mais que Helena Roseta, Inês Pedrosa, António Florêncio e o João Malheiro. Refiro-me à base sustentada nas sondagens dos 16% (o número mágico que persegue de Alegre) que veria com bons olhos mais um território nacional que, a exemplo de Barrancos, nos proporcionasse touradas de morte e coutadas raianas.

4º- Uma eventual integração do Arquipélago da Madeira estaria fora de questão porque Alberto João, apesar de apoiante do professor, nos traria mais problemas que os Espanhóis.

5º- Outra coisa boa seria usar a frase de forma alegórica. Mas para tal precisávamos de Scolari um pouco mais empenhado. Se fossemos campeões do mundo poderíamos dizer: Somos os Maiores! Mas como ele quer ficar em 8º... O facto de se mudar o slogan de Portugal para Somos e pluralizar o verbo não seria grande problema. Afinal esta candidatura prepara-se para, pela primeira vez na história da democracia, mudar de mote. Nunca nenhum candidato, partido ou grupo cívico se viu obrigado a mudar a sua frase para as massas. Pois que é certo que quando passar à segunda volta ninguém mais vai poder gritar: Cavaco à primeira. E o chato é que, embora a frase revele bem a criatividade daquela rapaziada, não originará uma sequência lógica. Ninguém vai gritar "Cavaco à segunda". E este é o cerne da questão.

Senso Comum

1- SHUT UP LOOSER!

O Senhor Bagão Félix, convém que saiba: só fez bodega como governante e o povo não lhe guarda o mínimo reconhecimento e respeito político. Para os portugueses, Bagão Félix não vale um chavo. Aparece hoje no DN indignado por ter sido retirada a propaganda religiosa que se verifica nalgumas escolas portuguesas. Meus amigos: a religião é um acto, antes de social, íntimo. E fora do contexto, as suas alegorias, símbolos e retóricas não passam de pura publicidade fascizóide e perturbadora dos direitos laicos consagrados no nosso estado.


2- O ALDRABÃO.

Mais depressa se apanha o mentiroso do Prof. Marcelo que um fanhoso (não é uma piada ao Cavaco, é para evocar essa grande figura que avisa Cristo que o coxo caiu). Todas as semanas recebe dinheiro lavado do erário público, do bolso de todos nós, com aquele sorriso cínico, traquejando senso comum, mentindo com todos os dentes, com ar de inteligente, bafejando estupidez transvestida de intelectualidade. Ontem até dizia que os amigos lhe chamam intelectual. Oh! Santo Energúmeno, para manter a toada. O que mais me repugna são aquelas pessoas que ainda, notem o ainda, quando quase toda a gente desistiu, dizem: "Ah! Gosto muito de o ouvir. Explica muito bem as coisas".
Não iria tão longe na minha raiva que o considerasse o Herman José do comentário, ou um grande merdas. Mas, ajude-me o caro leitor e explique-me como considerar o seguinte caso: andou todo inchado a falar das audiências que os candidatos tiveram nas entrevistas da TVI (tudo explicado no post anterior). Ontem nem uma palavra, sobre esse dado tão circunstancial como despiciendo, que no entanto, nos tinha sido apresentado como indicador da capacidade de mobilização dos candidatos. É que Soares teve 10%, Alegre e Louçã 8,5% e Cavaco... De Cavaco não se faz pública ideia. Foi dia de Porto/Sporting, isso sabe-se!

3- A TÁCTICA.

Para poupar tempo aos estimados e queridos leitores aqui está, numa frase, a táctica que os comentadores do reviralho vão usar para caracterizar os debates das presidenciais. Alegre vai estar muito bem, Jerónimo manterá as expectativas, Louçã será bom orador. Cavaco não estará, inicialmente, no seu melhor. Soares estará nas suas sete quintas. Quando chegar o debate de dia 20 Cavaco/Soares, Cavaco mostrará a tendência de melhoria nas suas prestações e vencerá Soares aos pontos. Até porque a estratégia de Soares para o debate não será certa.
(Eu ouvi, com estes dois que a terra há-de comer, o defunto paineleirista Luís Delgado dizer que Santana tinha ganho o debate a Sócrates. Aliás o "Público" e o antigo "DN" deram manchete a essa ideia. Eheheheheheheheh...)

4- A ESTRATÉGIA.
A estratégia de Mário Soares tem sido amplamente comentada. Na opinião pública e na publicada. É bom. Por um lado discute-se política, pois que a estratégia de Cavaco o não permite. Por outro, Mário Sares precisa mesmo de ajuda na concepção sua táctica política. É do que ele mais precisa.
Este fenómeno faz com que existam alguns abusos editoriais. Rapaziada há que só mostra esse pormenor da sua candidatura: a crítica a Cavaco. Mas isso não é sequer o fundamental, é um aspecto que faz parte das eleições democráticas.
Quem tem estado atento às entrevistas e intervenções de Mário Soares não tem dúvidas de uma coisa: é o único que está a fazer campanha a sério, a debater os assuntos que interessam aos portugueses e na perspectiva de um Presidente da República. Tudo o resto é um marasmo.
Para aqueles que se entristeceram com a recepção que Cavaco teve em Braga, ouvi dizer que ontem em Montalegre foi histórico:

Isto começa a mudar.