quarta-feira, novembro 22, 2006

Hora M

A expressiva vitória de Ségolène Royal nas primárias francesas do PS, endossam-na como candidata presidencial e colocam de novo a Europa como locomotiva em relação aos EUA.

Hillary Clinton leva vantagem para ser, também ela candidata com hipóteses ganhadoras, presidente na América.

Longe, longe, está o nosso cantinho nacional, mas, localmente poderíamos tentar. Acima de tudo, teria um PS reformista que notar que o seu líder concelhio de Lisboa, Miguel Coelho, acumula sucessivas derrotas desde a recandidatura de João Soares contra Santana. Seria bom que Coelho tirasse ilações desses fracassos e embora tendo sido legitimamente eleito, refrescasse a sua actuação, sinceramente e com amizade, a sua humildade.
No Porto, mormente a mudança constante de lideranças concelhias os resultados são os mesmos.

Em ambos os casos o PS poderia pensar novo. No Porto há muito que se espera uma candidatura de Elisa Ferreira.
Em Lisboa a actual câmara só não cai por embaraço absoluto da oposição. Os nomes rolam à velocidade do cacique partidário frequente.
Soube de uma sondagem que pretende qualificar a actuação dos diferentes pelouros e as possibilidades de Jorge Coelho, o mais sonante socialista lançado. É um perfeito disparate e não acredito que ele próprio aceite. Esta era a hora de António Costa, que há anos trabalha para o que realmente tem, o partido numa mão e para o que lhe escapa, o cargo de secretário-geral/primeiro-ministro noutra.

Por todos estes problemas, talvez Maria de Belém fosse uma boa e conciliadora ideia.

A hora M do PS, lançaria Maria de Belém, Elisa Ferreira e uma outra mulher, mesmo que independente. Sintra, Setúbal ou Cascais (com menos chances) aguardam por uma reviravolta substancial.