quarta-feira, novembro 15, 2006

Muito à frente. Demasiado à frente!

Cavaco Silva organizou uma conferência para discutir a globalização. Estranha o estúpido escriba que nunca tenha falado sobre essa matéria enquanto desempenhou funções executivas, enquanto passou pelo seu deserto e enquanto tinha os holofotes de uma candidatura vencedora à partida.
Cavaco teve de ser presidente, de dispor dos meios de consultoria ao seu dispor, para colocar o dedo na ferida. Ainda que de uma forma fraquinha, muito atrás de outros que há muitos anos, pensam, explicam e espalham o assunto.

Santana Lopes lançou um livro sobre o seu período à frente do governo. Esqueçamos a personagem, esqueçamos o livro. Está todo queimado. Lançar-se-á a Loures ou Amadora e pode até ganhar, mas a história não se repetirá, daí não conseguirá sair.
O que parece não é o que transparece: Luís Delgado, seu eterno acólito, conclui na SICN que nunca se aceita o poder se for dado (parêntesis justificado: Delgado demonstra permanente estupidez. Se aparentasse isenção, de vez em quando, conseguiria fazer valer os seus pontos de vista. Olhe para Sousa Tavares, periodicamente, Carlos Magno e Avillez Figueiredo).
Sempre achei que Sampaio deveria ter convocado eleições quando Durão abandonou, pelo simples facto de a maioria ser contra natura. Não tinha concorrido junta, nem o voltou a fazer. Tratava-se de um arranjo governamental pós eleitoral. E esse seria o maior argumento para não aceitar que outro conseguisse o que Durão conseguiu: juntar PSD e PP.

Mário Soares apresentou, dia 30 de Outubro o livro "Um Diálogo Ibérico no Contexto Europeu e Mundial" que escreveu com Frederico Mayor Zaragoza, no qual sustenta uma estratégia iberista concertada. Esperemos, cheios de medo, que um grupo de ex. militares escroques não o processem...
Ontem, voltou a falar dos Estados Unidos da Europa como única forma de reequilibrar a hegemonia americana.
Defendeu como prioridades imediatas o Ambiente, o Mar e a Política Social.
É preciso não esquecer que quanto mais federalista for a Europa, mais terá de tratar todos de forma igualitária. Melhor estratégia para Sócrates não podia haver.

A Sócrates não falta táctica e dinâmica reformista. Aferiremos agora a capacidade de orientação estratégica.