O Estado NEGAÇÃO

A comunicação social dá notícias dos assobios dos militantes do pc a José Sócrates, em Évora. Pena não ser explicado que estavam 2.100 pessoas na arena. Que os comunas não eram mais de 50.

Que Sócrates, corajosamente, discursou. Durante a sua palestra, verdade seja dita, os pc´s respeitaram o 1º Ministro.

Portanto: Sócrates foi assobiado e foi amplamente aplaudido por 2000 pessoas. A verdade dos factos e a mentira publicada.

Nem Fátima Campos Ferreira evitou a menção ao indisfarçável.

Convidados, Francisco Van Zeller e José Viegas, não apareceram ontem na RTP.

Comecei logo com os meus desvairos fantasistas. Jantavam a convite de Ferreira do Amaral, num luxuoso restaurante, propositadamente escolhido por não ter televisão. O assunto era outro. Todos concordavam em discordar do traçado de uma nova ponte. Sobremesa? Nada que um estudozinho tecnicamente irrepreensível, não possa validar.

Desta vez a CIP vai ajudar o país. Paga-o, sem interesses, nem sem divulgar os beneméritos. O Professor Viegas aceita fazer, assim que os alunos do Técnico estiverem sóbrios do champanhe que beberam. Ferreira, esse, não terá nada a ver com isso.

Vital Moreira escreve no Causa Nossa algo que pode vir a marcar os próximos tempos políticos.

Refere o constitucionalista que Ferreira do Amaral, enquanto Ministro das Obras Públicas, assinou em 1994 um contrato que concedeu à Lusoponte a exclusividade das travessias (existentes e futuras) do Rio Tejo.

Hoje, presidente da Lusoponte, recebe aparentemente o brinde da travessia Barreiro/Chelas que deixa de ter uma vocação ferroviária, passando, como consequência da localização Campo de Tiro de Alcochete, a ter também função rodoviária.

Mas atentemos no contrato exclusivo entre o estado português e a Lusoponte. Será que ele deve ser mantido? É juridicamente válido? Moralmente correcto? Será que o acréscimo de portagem (é certo que para a OTA também haveria portagem, no entanto, é bom perceber o custo acrescido que esta trará) para os utilizadores do transporte aéreo e para os trabalhadores é justo?

Os próximos tempos serão muito críticos sobre esta matéria.

Agora que foi tomada uma decisão sobre a localização do Aeroporto de Lisboa, pode a CIP, finalmente, divulgar quanto e quem concretamente pagou o estudo que executou?

O Bloco vai apresentar uma moção de censura ao Governo PS.

Como é um acto profundamente inócuo, depois queixam-se que o PCP os acusa de serem um partido sem projecto político. Só retórica.

Raras vezes acerto em futurologia política. Quem anda a seguir as primárias norte-americanas, como eu e, ao mesmo tempo, lê este blogue, tem motivos de sobra para ficar contente.

Após a derrota de John Kerry, em Novembro de 2004, publiquei um post intitulado “Future Hope”.


http://oestadonegacao.blogspot.com/2004/11/future-hope.html

Change we can believe in.

Depois do livro de Veiga e da brincadeira pública alimentada por Vieira, veio agora o presidente do Benfica, dar provas da ruinosa gestão do clube.

Primeiro. Dois jogadores, importantes, profissionais e bons jogadores têm um arrufo durante um jogo. A comunicação social enche o povão de parangonas. O que faz o presidente do Benfica? Suspende, repreende, multa. Oh! Senhores. Uma multa, um pedido de desculpas e bola para a frente. Vai perder Katso por uma parvoíce que não tem qualquer importância.

Segundo. As declarações sobre os “pacotes de jogadores”. Finalmente assume a merda que anda a fazer. Miguelito, André Diaz, Bergessio e tantos, tantos outros. Já chega. E Seara afia a moca. Pode ser que se lixe. Esse? Jamais!

Pacheco Pereira numa fantochada do Expresso para avaliar o ano de 2007 com António Barreto defendeu “ipsis verbis”:

“Dar computadores às pessoas é vergonhoso. Só os vão usar para ver pornografia e jogar”.

Claro que Pacheco Pereira, não. Ele pode ter um computador. Ele é um intelectual, usa-o bem, não vê pornografia, não sabe o que é GTA, tem um blogue, dos mais visitados na Internet.

Agora o povo? Computadores para todos? Permitir que todos, independentemente da sua condição socioeconómica, possam ter um computador, que possam desenvolver as suas capacidades e quiçá virem a dar um contributo tão bom como o de Pacheco Pereira para a Sociedade de Informação? Não. Isso, diz Pereira, é mau.

Especula-se na imprensa acerca do nome do próximo Director de Programas da RTP. Dos vários nomes atirados à parede, fala-se em Nuno Artur Silva. Seria uma forma de manter os assediados Gato Fedorento.

Seria, igualmente, um convite interessante. Com este nome, a nova administração dava um sinal de renovação ao meio audiovisual. A aceitação e a forma como eventualmente decorrerá a prestação, são outros quinhentos. A seu favor, Nuno, tem a criatividade e juventude. A desfavor o inqualificável Eixo do Mal, programa de sua autoria, que protagoniza. É essa a sua visão, repito o factor autoria, do que deve ser um talk show com aspirações de escárnio?

Mas o mais importante é que o novo presidente da RTP chama a si os conteúdos. Justamente, tenho defendido que depois do “arrumar da casa” da equipa de Almerindo Marques, é agora a hora dos conteúdos.

Teria alguma coisa a dizer sobre esta matéria. Acontece que tenho percebido ultimamente que guardar segredo sobre algo que achamos (digo: ACHAMOS) que sabemos, é a alma do negócio. Desta vez, fico, portanto, a ver.

Mas só uma coizinha, vão-me perdoar, com certeza. Assim que chegado, o Presidente “nomeou” Jorge Gabriel para apresentador do “Quem quer ser milionário?”. Sensato, uma vez que “herdou” o formato, eventualmente não o quis recusar. Discutível, mas aceitável.
A questão é: como vai Jorge Gabriel apresentar e como vai ser desenvolvido o concurso? Como?

Uma última piada. Dão conta, sempre os jornais, que a tarefa na RTP, está simplificada. Efectivamente, Nuno Santos, deixou a grelha do primeiro trimestre fechada e a do segundo, quase.
Deixem de nos tratar como estúpidos se faz favor.

Aqueles que leram o último editorial do jornal Sol percebem o equívoco que vai naquelas tontas cabeças. Vangloria-se o jornal por ter estado na linha da frente do adiamento da decisão em relação ao Novo Aeroporto de Lisboa.
Na verdade, estiveram no fim da linha de grupos económicos e malhas políticas, que mesmo não sendo coniventes, tiveram por momentos, interesses comuns.
O Sol foi a cereja, não foi o leite nem os ovos.


Mas também tal editorial revela algo mais que a confusão entre o que deve ser um jornal sério e um grupo de lobistas de segunda.
Revela o desespero em justificar a necessidade da sua existência. Ora isso, convenhamos, não é boa notícia para eles, pois não? Para as vítimas da sua corrupção semanal, é que é. Não sabemos quanto tempo vão durar, mas sabemos que muito menos, muito menos que o Independente, campo de recrutamento favorito deste invernoso Sol.

A notícia de dois tablóides expunha José Diogo Quintela apanhado na noite de fim de ano com 1,6 g/l.

Para mim a notícia não é essa. A notícia é que eles passaram a emissão a beber, sabendo o impacto que têm junto do público jovem. Isso sim, num país civilizado, seria condenável.

Ao amigo de sempre Mário. Por tudo o que passámos e pela coragem que teve durante metade da sua vida. Um exemplo que não esquecerei.