quinta-feira, junho 29, 2006

Respuesta

(...) Lo siento, lo siento. Yo sigo.(...)

Be careful, be very careful

Capa do jornal MARCA, de terça-feira 27/06, dia do jogo com a França:




Capa do jornal MARCA, de quarta-feira 28/06, após o jogo com a França:


Estejamos alerta para a França!

segunda-feira, junho 26, 2006

Nossa Senhora do Caravaggio

Após o disputado jogo de ontem, as declarações dos protagonistas do futebol ensombram o jogo, o campeonato do mundo e ofendem profundamente os adeptos de futebol.

Estranhei logo a necessidade veemente de Joseph Blatter, presidente da FIFA, de entrar em directo para a televisão portuguesa. Mas nem quis acreditar nas suas palavras. Pensei ingenuamente que iria fazer um reparo, ainda que suave, ao comportamento dos jogadores, portugueses e holandeses. Ao contrário, cascou no árbitro e abriu portas ao que se seguiu.

Scolari, Van Basten e todos os jogadores portugueses ouvidos, excepção feita a Luís Figo, trataram ao invés de pedir desculpas pela atitude permanente, pela confusão cognitiva de misturar abnegação e espírito de luta, por violência, agressão e falta de fair play, de cascar num árbitro que fez um bom trabalho, com um ou outro erro circunstancial (como o exagero no segundo amarelo a Deco, a não expulsão de Costinha por entrada perigosa e consequente amarelo, o 2º), sem influência nenhuma no resultado, que foi infeliz para os holandeses.
Patrocinados por Blatter todos se justificaram com a má actuação do árbitro. Resumindo: a mensagem para o mundo do futebol foi clara. Já ninguém poderá criticar a atitude de dirigentes, técnicos, jogadores e adeptos, quando por exemplo na Liga Portuguesa colocam o árbitro no centro negativo de tudo o que acontece.

Ontem, o Portugal-Holanda não foi um jogo de futebol. Foi uma batalha campal, um jogo confuso, irritado, nervoso, emocionante é certo, mas longe de ser útil ao futebol e à FIFA, enquanto momento mediático de promoção.

Valha-nos dois momentos de humor, que caracterizam tudo o que se passou. Findo o jogo a Sport TV escolhe para comentadora a Presidente da Federação Portuguesa de Kickboxing. E hoje Scolari pede a despenalização de Deco, não pelo 2º amarelo, embora correcto pelas leis exagerado na avaliação dados os incidentes permanentes, mas sim pelo primeiro, onde após um lance de falta de fair play dos holandeses, o jogador brasileiro faz um tackle por trás ao adversário e é poupado à expulsão directa, vendo um simpático amarelo.

Na minha inocência eu tinha gostado que alguém nos pedisse desculpa pela merda que fizeram. Não. A culpa é do árbitro.
Que tal irem todos para o Caravaggio?

sexta-feira, junho 23, 2006

Envolvimento

Deito-me na marquesa e a senhora diz: "O senhor dava na televisão". Eu respondo que sim e penso: "Ela é que nunca me deu nada".
Propício a ficar encalacrado com massagens e afins, desta nem por isso. Um envolvimento de chocolate remete, ao invés, para a infância. Será que crescer é fazer oficialmente aquilo que em criança nem nos sonhos mais remotos poderíamos aspirar?
Todo besuntado em chocolate sou envolvido em papel de prata. Desconhecedor contudo da manufactura gastronómica imagino que algum doce de chocolate passa pelo mesmo processo.
Assim que a senhora termina o manuseamento diz qualquer coisa, apaga a luz e sai. Não demoro dois minutos a perder contacto com consciência.

Em frente a José Sócrates, digo-lhe que compreendo a necessidade de fazer uma lei que promova o uso de granadas, mas esclareço a dificuldade em explicar tal acção e que vai causar muitos inconvenientes públicos ao governo. A contestação será generalizada e dificilmente se conseguirá suster a sua escalada. Acena com a cabeça mas não intenta compreender os meus argumentos. Sustento que entendo que a provável origem de uma medida tão drástica se prende com a necessidade de escoar a produção nacional de pólvora e que afinal não é o que aparenta, uma solução puramente belicista que aumentará a violência pública, mas uma política de protecção à nossa industria que culminará em vantagens economicamente úteis ao país.
José Sócrates responde-me que nem a ele o Ministro da Defesa explicou o altamente secreto motivo de decretar necessário o rebentamento de granadas por parte da população. Procura descansar-me que tal utilização será monitorizada e contextualizada. O uso de granadas será circunscrito a determinadas situações. Insistiu: o Ministro da Defesa simplesmente lhe exigiu que confiasse, sem explicações concretas e ele, Primeiro-ministro, assim fez.

Acordo com a voz inconveniente da senhora e percebo a mensagem do âmago: é, pois altura, de rebentar granadas.

quarta-feira, junho 14, 2006

A realidade ultrapassa a alegoria

Regressar à cidade: chuva, trovões, raios.

Extra, extra

Deco entra para o lugar de Ronaldo. Três hurras daqueles que esperaram 2 anos por isto!

sexta-feira, junho 09, 2006

Uuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiii, Mina ai vou eu


Malta. Volto na Quarta. Até lá: Beijos, Desejos e Abraços.

terça-feira, junho 06, 2006

Sugestão

Lendo o mui nobre e divertido Correio da Manhã de sábado, ocorre-me a sugestão.

Não seria melhor título: "Com quem andas, Rodrigo?"

Até admitindo razão nos argumentos expostos, será que ninguém avisou que o meio, Correio da Manhã, limita em muito os horizontes pretendidos? No Expresso, no DN, no Público, onde fosse, poderia fazer sentido. Num tablóide é o contrário: seriedade, seriedade, seriedade. Anda tudo a dormir, foda-se!

Zandinga

Primeiro onze de Scolari: Ricardo, Miguel, Carvalho, Meira e Valente; Maniche, Deco, Simão e Figo, Cristiano e Pauleta.


Oitavos de Final: Portugal/Argentina


Campeão do Mundo: Inglaterra.

segunda-feira, junho 05, 2006

Cavaco: 1a Lição.

O significado do veto de Cavaco Silva à Lei da Paridade, já descrito como o mais rápido da história da democracia, é acima de tudo político.

Esqueçam as quotas (como já disse a minha opinião é que paridade significa cinquenta por cento e não um terço), esqueçam a legitimidade constitucional e esqueçam a eventual leitura da vontade generalizada do povo português. Esqueçam o sentido de responsabilidade, a perspectiva distanciada e o papel de árbitro.

O que Cavaco decidiu é meramente um acto político puro, duro e partidário. No despacho de revogação considera o Presidente "um pilar fundamental da qualidade da democracia portuguesa o aumento da participação das mulheres na vida política." E entende "constituir uma obrigação do legislador, tanto a remoção de discriminações negativas em razão do sexo no acesso a cargos políticos, como, também, a promoção da igualdade no exercício de direitos políticos."

Cavaco tenta iludir-nos quando revela a não concordância com a penalização prevista para os não cumpridores da lei ou seja, não aceita "a possibilidade de rejeição das listas de candidaturas desconformes com o respectivo preceituado".
Dá um toque de humor quando defende que "a legitimidade dos valores a proteger e dos fins a alcançar através de medidas positivas que promovam a paridade não justifica a utilização de todo o tipo de meios para os atingir."
Um aparte: o que são medidas positivas? Campanhas televisivas? "Senhor responsável partidário: nomeie mulheres para candidatas a cargos públicos". Ou em Outdoor: "Para votar nelas é preciso que elas lá estejam". De certeza que isto mudaria a sensibilidade comprovadamente discriminatória dos responsáveis dos aparelhos. E até dava para incluir os jovens. Em última análise já estou a ver magotes de mulheres jovens a serem escolhidas para cargos de responsabilidade, o que até agora é pura fantasia.

O que Cavaco realmente fez foi recusar uma proposta com ampla aceitação não só dos deputados, como também do povo português. Foi enviar um sinal ao Governo, à maioria que o sustenta e aos partidos de esquerda. Foi tentar aliviar o recente fracasso dos dois congressos dos partidos da direita. Foi dizer: "calma povo de direita, estamos aqui e estamos vivos".
Porque o que era a essência política desta lei era justamente penalizar aqueles que não cumpram algo fundamental e elementar. É claro que as mulheres também podem ter a participação política que tem Maria Cavaco. Mãe, avó, sempre ao lado do marido, sempre destacadamente submissa ao serviço do esposo.

Mais cedo que tarde Cavaco tenderá a usar a bomba atómica. E aí é que vão ser elas.

domingo, junho 04, 2006

Portugal no Mundo

Enquanto o pobo regozija apresentado ranchos folclóricos para receber a selecção nacional na Alemanha e dá assim de novo uma bela e saloia imagem do país. Enquanto Scolari obriga os jogadores a rezar antes das partidas e isso para nada tem valido à figura maior construída pela comunicação social, Cristiano...
Outros portugueses deixam uma outra marca, verdadeiramente obra, por esse mundo fora.
Hoje a Orquestra Sinfónica Municipal de São Paulo apresenta às 11.00h um concerto de música contemporânea com estreias sul-americanas de "PAN" de Flo Menezes (orquestra + electrónica) e "Fünf Sternzeichen" de K. H. Stockhausen (orquestra de câmara) e estreia mundial de "zeroPoints" de Peter Eotvos (grande orquestra).

E o que é que uma coisa tem a ver com a outra? Pois bem. A orquestra será regida pelo Compositor e Maestro Pedro Amaral, referência internacional na interpretação de repertório contemporâneo e da obra de Stockhausen, em particular.

Um abraço.