quarta-feira, dezembro 29, 2004

Feliz 2005

Sintomático do ano que passou, o meu pc encontra-se com problemas que não me permitem utilizar o Office. Por tal facto não tenho postado e por isso as minhas desculpas aos leitores do Estado.

2005 apresenta-se desde já como um ano de algumas contradições: Santana terá o descanso que nós merecemos, Nuno da Câmara Pereira encontrará no parlamento o palco que lhe tem fugido, felizmente, ao longo dos anos. Agradeço sugestões para as actividades que poderá desenvolver na Assembleia (que grupo ou grupos de trabalho pode integrar, que projectos de lei deve apresentar, etc., etc.). Prometo fazer chegar todas as ideias ao PSD.

Mas serve, essencialmente, o presente para desejar, a toda a rapaziada amiga, um óptimo 2005, cheio de esperança, saúde e boas realizações.

Um abraço!



PS- Ainda sobre o futuro xôr deputado marialva fica a certeza de que as cenas que levaram à conquista de Sintra estão pagas. Outros sapos terão de ser engolidos:
  • PARA COMEÇAR 2005 A RIR!
  • domingo, dezembro 19, 2004

    Divulgar (6)

    sexta-feira, dezembro 17, 2004

    Pequena dúvida

    Porque é que o contrário do que é melhor para o povo (governarem juntos) é melhor para os partidos (concorrerem separados)?

    quinta-feira, dezembro 16, 2004

    Divulgar (5)

    quarta-feira, dezembro 15, 2004

    Divulgar (4)

    terça-feira, dezembro 14, 2004

    Divulgar (3)

    segunda-feira, dezembro 13, 2004

    Divulgar (2)

    domingo, dezembro 12, 2004

    Divulgar (1)

    sexta-feira, dezembro 10, 2004

    Sr. Presidente




    Ao humilde cidadão pouco importam os motivos concretos da sua decisão. Para uma grande maioria essa decisão só perca por tardia, como se poderá constatar em finais de Fevereiro.

    O humilde cidadão não se preocupa com os chamados timmings, ou falta deles, para ouvir as suas comunicações. O que entender dizer deve ser feito quando exclusivamente V. Exa. quiser.

    O humilde cidadão está farto de entender as suas razões, mesmo depois de ter decidido o que decidiu. Efectivamente como se já não bastasse ainda se acrescentam: a interrupção da virtual retoma no 3º trimestre (não são precisos mais de dois para ser considerado retoma?), o discurso do caudilho, o discurso do Sr. Jardim pela boca do Sr. Silva, a gestão na Figueira da Foz em determinada altura, a Bombardier e restantes bombardeamentos desta gente defunta.

    Agora, Sr. Presidente, há uma coisa que incomoda o humilde cidadão.
    Se o Exmo. Sr. Ministro de Estado e da Defesa, para já não falar nessa coisa vaga que é o mar, insistir em dar conferências de imprensa, a falar das suas opiniões políticas sobre a sua decisão, a conferir que já tomou uma qualquer decisão sobre uma coligação que não interessa nem ao menino Jesus e por trás estiverem estrategicamente colocados soldados e chaimites, aí sim. Aí um gajo fica chateado.

    Portanto, Sr. Presidente. Eis a situação. Ou o dito ministro começa a ter cuidado e a não aparecer ladeado de tropa a falar de questões partidárias (embora seja útil que o faça, porque ajuda a causa comum, refiro-me expressamente ao contexto) ou o caldo entorna-se. Ou o Sr. Paulo Portas distingue, ele próprio, as Forças Armadas do seu partido, ou então como é que o cidadão comum os vai distinguir? Significa que estamos num impasse.

    Eu não tenho medo de esclarecer que estou preparado para lutar contra esses senhores da forma que for preciso! Até aqui achava que era com o voto democrático. Mas se não for, tudo bem.
    Agradeço a sua intervenção urgente neste esclarecimento. Não que a panóplia de comentadores e Opinion Makers cacicados do costume tenha referido o assunto mas, olhe Sr. Presidente, não passou despercebido ao cidadão comum.

    Era giro que tudo se resolvesse com eleições, sem recurso à guerra civil.

    terça-feira, dezembro 07, 2004

    Parabéns Mário Soares

    80º Aniversário
    (Nas. 07/12/1924)

    PS- Sempre!

    segunda-feira, dezembro 06, 2004

    Já Foste

    Não é difícil perceber que o jornalismo e os jornalistas caminham abismalmente para o mesmo grau de descrédito que gozam, nas sociedades modernas, a política e os políticos.
    Em vez de se darem ao respeito, ambos se desviam dos povos, por via dos caminhos fáceis da mentira, da manipulação e da desonestidade.

    Durante toda a semana mais longa da democracia portuguesa, todas as parangonas, manchetes e quantidade de tempo e espaço nos telejornais e jornais foram dedicados ao PSD, a Santana e a Portas. Na mesmíssima semana em que o Presidente Sampaio acordou para o óbvio e demitiu esta farsa a que se chama governo, os jornalistas, as redacções e os critérios editoriais preferiram optar pelo contrário do que os portugueses acham essencial: como governar o nosso país?

    Não. Ele era a reunião da Comissão Política, a preparação das listas separadas, nova reunião da Comissão não-sei-quê, o comício na Póvoa a chamar mentiroso ao chefe de estado, o livro do mordomo do Cavaco, a auditoria aos pesos pesados, a nostalgia salazarenta de Pacheco, conferências de imprensa de Rui Rio, Miguel Relvas, Dias Loureiro, flash interviews de Rui Machete, Carlos Encarnação, Macário Correia e até o ressuscitar de Deus Pinheiro, cinco meses depois de levar a maior cabazada eleitoral da história. Durante todos os dias da semana em que Sampaio fez justiça ao desejo do povo de se ver livre desta cambada, as redacções criaram um reality show alucinante, que procurou criar um sentimento verdadeiramente novo no país: termos saudades imediatas destes senhores que, apenas há uma semana, nunca nos deixariam saudades nenhumas, a não ser de os ver pelas costas.

    Ninguém terá parado para pensar que este é o retrato exacto daquilo que os portugueses estão fartos e se vão preparar para o demonstrar nas urnas? Da pequena intriga, das reuniões intermináveis, das facadazinhas, da retórica, da ausência de uma ideia? Uma só ideia. Enquanto o país implode em crise profunda.

    Quando foi primeiro ministro Cavaco olhou para o lado e viu um rapaz simpático e frequentador das festas sociais, qual Quinta das Celebridades da altura e decidiu que este perfil era perfeito para gerir a cultura deste país, sempre no âmbito, a que a sua sensibilidade lhe permite, de uma Secretaria de Estado, não mais, porque, tal como no ambiente, tínhamos de ser dos últimos países da Europa civilizada a reconhecer a importância estratégica destas duas áreas.
    Cavaco, por assim dizer, criou o monstro, conferindo-lhe estatuto moral para iniciar o seu trajecto político a partir da Secretaria de Estado da Cultura, apesar da forma desastrosa como já na altura exerceu funções.
    E agora o anjo Cavaco queixa-se de quê? E pior: de quem? Seria o mesmo que Guterres vir à praça pública chamar incompetente a Sócrates, só para tacitamente se demarcar do futuro desgaste governativo.
    Este movimento nacional pró-Cavaco parece fazer esquecer algumas coisas que esse senhor fez a um país brindado, então como nunca, de fortes apoios financeiros da EU, mas que não obstante deixou a governação com um défice das contas públicas de 9%, para não relembrar a grave crise social, em múltiplos sectores da sociedade e uma taxa de desemprego que envergonha qualquer um. Eu não tenho memória curta e não esqueço que no computo geral, Cavaco errou mais que o que acertou, foi pior governante que o que se afirma por aí e, ao contrário de um espírito quase unânime qual Saddam, eu não votarei nunca nesse senhor, nem para Presidente da Junta de Nossa Senhora de Fátima, quanto mais para a República.

    Voltando à semana dos Apóstolos, Pedro e Paulo (ideia original de Cinha Jardim). A juíza de Gondomar ainda tentou estragar a festa com a medida de coação de identidade, prostituição e Dragão, mas não teve sorte. E já nem sei se neste regabofe, o acontecimento mais importante da próxima semana, o aniversário e jantar de Mário Soares, não vai ser relegado para segundo plano, na perspectiva da cobertura mediática dominante e por exemplo, o comício de Paulo Portas em Vila Nova de Famalicão, ter honras de abertura nos três telejornais, com os quinze minutinhos da ordem.

    Não sei o que hei-de esperar do povo português. Mas deixo uma dica. Evitem a necessidade de criar, em Portugal, um site destes:

    www.sorryeverybody.com