segunda-feira, maio 23, 2005

Ninguém pára o Benfica.


No meio de tudo o que vos vou descrever, ganhámos. Hoje contarei toda a verdade: no Bessa e na Luz!
Obrigado craques/jogadores/heróis.

sexta-feira, maio 20, 2005

Admitido!


Recomendo clique na imagem para perceber do que se trata.

Nervoso miudinho, infantil mesmo, quando fui ver a pauta. Dirigi-me logo à Secretaria da Faculdade para recolher informações. Vou ter de mudar alguns funcionamentos no que diz respeito ao esclarecimento disponível.

O mais difícil será agora: entre 6/06 e 14/06 Prova Oral e depois a Específica Escrita.
Nada de foguetes porque duvido do sucesso nos próximos passos e preciso da ajuda da ampla rede de amigos cacicados.

Só para terem uma ideia: alguém percebe alguma coisa de Literatura Medieval, concretamente Lírica Galego-Portuguesa ou Cronística de Fernão Lopes, especificamente sobre presentificação como modo de relatar a História?

Agora que foi uma alegria do camandro, isso foi... Desculpem mas a linguagem deste blog vai mudar. Foi uma alegria do cacete... Perdão! Um regozijo excelso.
Os meus sentimentos vão passar a ser manifestados com o vocabulário adequado.

quinta-feira, maio 19, 2005

Caixa


Sei que têm estranhado alguma ausência, não confundir com displicência.

Acontece que estou a trabalhar nesta empresa, na produção deste evento.

Recomendo vivamente a presença das minhas amigas e amigos. Para comprar bilhetes dirijam-se à Fnac, ou obtenham-nos aqui.

É uma experiência incrível trabalhar para um cliente desta dimensão. Imaginem a sensação mista de responsabilidade e satisfação.

Peço alguma paciência à rapaziada que lê o Estado e solicito que entretanto vão votando, uma vez que ando a ser vítima de cacique anónimo. Ai se apanho o responsável ):

terça-feira, maio 17, 2005

Mão


Apesar de ser completamente acessória a discussão sobre a validade do golo de Luisão, há quatro coisas a dizer:
1. Se um guarda - redes carregar um adversário, ainda que na pequena área, é ou não pénalti? Pois eu acho que é. Ou seja, para mim Ricardo erra a trajectória e acaba por interferir no movimento de Luisão que já lá estava quando o sportinguista chega.
2. Disse no início do jogo, por brincadeira, que este seria decidido pelo maior dos dois frangos: Quim e Ricardo. Foi uma forma de enaltecer Moreira, que considero injustiçado no Benfica e na Selecção Nacional. Ricardo fez juz à minha ironia.
3. 24 horas depois do embate revi as várias repetições do lance. É que meus amigos, o guarda - rolhas do Sporting protesta com o auxiliar e com o Árbitro dizendo "Mão. Foi com a mão" referindo-se à intervenção de Luisão.
4. Excelentes reacções de Peseiro e de Filipe Soares Franco. Já as de Pedro Barbosa espelham bem o que foi a sua carreira como futebolista: nunca conseguiu ser grande.

Um ponto no Bessa fará o país sair para a rua. Estúpidas e completamente fora de tempo as declarações de Trapattoni. Chiça: há anos que não se consegue a normalidade. Antes do jogo a inacreditável expulsão de um ex. Presidente e agora esta cena. Acham que dá para estarem quietos e calados?

segunda-feira, maio 16, 2005

A Lição


Para que este momento se possa repetir no próximo fim-de-semana, o Benfica tem de aprender com a lição do jogo de Sábado passado.

O Sporting entrou para empatar e saiu com o título... Dos cabeçudos!
Por isso, senhor Trapattoni: não pode ir ao Bessa jogar para o empate.

Resumindo: com uma direcção nefasta e um treinador antiquado, esta equipa, muito desequilibrada, pode ser campeã. Mas que importa? Força Benfas! O 34º campeonato (ou 31º, depende dos critérios, alguém me pode esclarecer?) está a caminho.

segunda-feira, maio 02, 2005

Uma ideia para Sampaio


Aproveitando a boa iniciativa do Presidente Sampaio de fazer uma Presidência Aberta sobre a sinistralidade rodoviária e o facto de ser anunciada como a última ou uma das últimas, O Estado Afirmação lança uma ideia.

A última Presidência Aberta deste presidente deveria ser sobre a Infância.
Questões de natalidade, família, escolaridade, sociais e culturais deveriam ter o enfoque sempre na perspectiva da Criança. Seria uma boa despedida e um sinal simbolicamente interessante que o Presidente deixava. Como está Portugal a cuidar do seu futuro?

O Fim do Futebol

O futebol já não é bem o que era. Mudou. Para pior.

A três jornadas do fim do campeonato, os adeptos plenos de ignorância arrastam-se atrás de um discurso criado e promovido na comunicação social: os árbitros ficarão sempre com o ónus do que quer que venha a acontecer em termos de classificação final e no que ao vencedor diz respeito. E está certa esta visão? Têm os árbitros influência directa nos jogos? E de forma premeditada, como se anuncia?
Eu penso sinceramente que não! A culpa, essa, é dos pobres dirigentes, treinadores e jogadores, que não conseguem impor as suas estratégias e capacidades.

Nos anos oitenta, quando comecei a frequentar o Estádio da Luz e por assim dizer, comecei a ter contacto directo e consciente com o jogo, não se falava de árbitros. Bem sei que na década anterior houve a história do Inocêncio Calabote, mas porque me contaram. E também sei que se diz que o Benfica era beneficiado a torto e a direito ou pelo menos é esse o argumento dos nossos adversários. Para mim o que fica é a magnífica equipa que tínhamos, onde pontificavam Chalana, Néne, Humberto e companhia.

Nos anos noventa assistiu-se a uma mudança: o Porto (originado na final de 1987) arrebatou títulos e passou a dominar o futebol. Dizem os seus adversários que levados ao colo pelos árbitros.

É interessante ver a ignorância socialmente transversal do adepto: desde o taxista ao marketeer, todos acham que o Benfica é prejudicado. Os do Sporting também pensam isso em relação ao seu clube e os do Porto também.

É claro que depois do apito dourado nada será como dantes. Ou melhor dito: para os árbitros. Porque enquanto Jacinto Paixão está afastado da actividade, Pinto da Costa e Valentim Loureiro apareceram juntos este fim de semana para verem, ao vivo, o Porto/Marítimo. Faz lembrar aquela história do Francisco Silva, árbitro algarvio, que foi condenado por corrupção, sem que nunca se tenha encontrado ou investigado o corruptor.

Agora a moda pegou no estrangeiro. Mourinho, por via de ser o mais mediático treinador do Mundo, atirou-se às canelas de Anders Frisk. O treinador reconhece no seu livro que pressiona os árbitros dando indicações aos jogadores para o fazerem directamente. Ora o árbitro Sueco recebeu ameaças provenientes de adeptos do Chelsea (estranho como conseguiram os seus contactos) e o treinador português, em vez de lamentar o facto, ameaçou processar um responsável da UEFA. Resultado: um dos melhores árbitros do mundo, naturalmente assustado com a mafia, abandonou a actividade e a moda (do lado do dirigismo) pegou.
No final dos quartos de final da Liga dos Campeões, o presidente do Lyon afirmou que a sua equipa foi eliminada pelo árbitro. Nada mais nada menos que Markus Merk, outro dos melhores do mundo.
Michel Platini, candidato a presidente da FIFA (levará com a respectiva réguada de Beckenbauer), disse em França que há um árbitro português que merece uma estátua nas Antas: trata-se do árbitro português mais bem cotado no grupo de Elite da FIFA, Olegário Benquerença.
E portanto das três, uma: ou todos os jogos do mundo são apitados por Collina, o que seria impossível ou os dirigentes e a comunicação social (que lhes pertence directa ou indirectamente) mudam a atitude (também impossível), ou os adeptos mudam a sua forma de ver o jogo.

Já nem falo dos outros problemas do futebol: a existência de claques e não ser um jogo misto. Porque isso ofende todos, mas são inevitabilidades, na minha opinião.

Farto-me de rir com o silêncio sepulcral da nação benfiquista em relação ao jogo com o Belenenses e à forma como ganhámos. É preciso ser, colectivamente, muito estúpido para não reconhecer algo verdadeiramente transversal a todas as modalidades do mundo: onde houver um árbitro, haverá erro. Assim como dos jogadores, treinadores e dirigentes. Mas a todos dá mais jeito condenar aquele que não exerce domínio na comunicação social. Embora, como está provado na NBA, NFL, NHL, Fórmula 1 e todas as restantes grandes industrias desportivas, esse enfoque na arbitragem deva ser esquecido, porque o que importa é salvaguardar o negócio, parece que contraditoriamente no futebol se deva pôr em causa a dignidade e honestidade, daqueles que são os mais sérios agentes da cadeia.
Tal como o conhecemos, este é o fim do futebol e uma nova era se aproxima. Uma era onde a arbitragem não interessa para nada. Ao Benfica, por exemplo, bastaria ter ganho ao Rio Ave para ser campeão. Ganhar ao Rio Ave é mais difícil que culpar o árbitro. E isso é que é extraordinário.