sexta-feira, março 31, 2006

Paridade

O país político jubila com a Lei da Paridade na qual o PS propõe a obrigatoriedade de inclusão de um terço de mulheres nas listas para eleição de cargos públicos e o Bloco vota a favor.

Antes de mais duas observações políticas. Ao contrário do seu actual líder, José Sócrates, a direcção do grupo parlamentar demonstra o seu estilo cinzentão e light, herdado quiçá do seu líder espiritual Sampaio e faz uma proposta aquém do que seria útil e conveniente ao país.
O Bloco revela o seu lado maquiavélico ao apoiar a proposta na linha de uma ideia que há muito sustento. Os seus dirigentes espreitam a oportunidade de vir a formar uma coligação governamental com o PS nas eleições de 2009, caso o governo mantenha esta propensão para revitalizar o país, sacrificando as benesses e mordomias de uma função pública desfasada e desadequada.

Sou obviamente a favor das quotas por via de um pensamento elementar. Todas as discriminações positivas que surjam para repor justiça, são bem vindas.

Agora como se chama paridade à imposição de um terço é para mim um mistério mais que matemático. Paridade deveria ser a imposição de igualdade absoluta.

Paridade
do Lat. paritate
s. f.,
qualidade de par ou igual;
parecença;
semelhança;
estado de câmbio ao par;
equivalência.