quinta-feira, setembro 11, 2003

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"Excerto de um texto do Público de ontem, 10.09.03.
Às tantas, se não nos vendessem uma globalização aldrabada, existiriam menos ricos, é certo; mas existiriam muito menos pobres.
Por uma verdadeira globalização, devemos estar contra esta.
"Em cada dia que passa, os países ricos entregam sob a forma de subsídios mais de mil milhões de Euros aos seus agricultores. Quem paga a Política Agrícola Comum (PAC) europeia ou o "Farm Bill" dos Estados Unidos é a generalidade dos contribuintes, mas quem mais lucra são proprietários agrícolas milionários como Ted Turner, o dono da Time Warner, David Rockefeler ou a rainha de Inglaterra. As transferências milionárias dos orçamentos de Estado para a agricultura geram fenómenos absurdamente imorais: cada vaca na União Europeia tem direito a uma ajuda de dois dólares por dia, o dobro do rendimento de três quartos da população pobre que habita as zonas rurais dos países em desenvolvimento; os 25 mil produtores de algodão dos Estados Unidos têm direito a um volume de ajudas anual de 3,5 mil milhões de dólares (3,2 mil milhões de Euros), uma soma superior ao produto interno bruto de toda a África sub-sahariana; no Japão, cada hectare de arrozal obriga o governo a desembolsar 10 mil euros por ano.
(...) Num cenário sem quaisquer subsídios, no total, a economia africana ganharia 210 milhões de Euros anualmente; e o saldo da balança comercial agrícola subiria para os 50 mil milhões de Euros, o valor correspondente a dois terços de toda a ajuda humanitária e ao desenvolvimento despendida pelos ricos."
Manuel Carvalho"
JP (11-09-03, por e-mail)

"Bom dia!
Nada melhor que ler um texto pela manhã que nos faça sorrir :o)
Este teu texto está muito bem escrito e é sobretudo muito "humano". Consegues transportar-me aos vários episódios (e no caso dos Monty Python é impressionante porque consegues que recorde as várias cenas da "Vida de Brian" e de outros filmes deles e rir sozinha - aqui no escritório as pessoas olham para mim como se estivesse louca: "¿mira como se rie sola?" LOL).
O episódio das notas está muito bem porque penso que desde essa altura (os 9 ou 11 anos) que não me lembrava de essa "traquinice" e recordo observar os miúdos (quase sempre rapazes) a gozar descaradamente com aqueles que "caíam no truque" e rir a "bandeiras despregadas" (com as minhas amigas).
Obrigada (mais uma vez) por proporcionar sorrisos a esta hora da manhã."
AR (11-09-03, por e-mail)

"Na manhã de 11 setembro 2003 não te esqueças de sair munido de um livro. Escreve uma dedicatória e liberta-o algures! Na via pública, sobre um banco, no metro, no autocarro num café... ao alcance de um leitor desconhecido.
A mobilização será geral em Bruxelas, Paris, Florença, São Francisco....
Vamos fazer isso também aqui."
JP (09-09-03, por e-mail)

"Saiu no passado Sábado, na revista Única do Expresso, um artigo de Luísa Schmidt a alertar para a degradação do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina...
Em resumo fala-se de áreas que se pretendem desanexar da reserva natural (para promoção, construção imobiliária e turismo), da inexistência de políticas destinadas às populações residentes em zonas protegidas e da incúria do Estado. Por tudo isto corre na Net uma petição ao ministro do Ambiente para recordar o Estado dos direitos dos cidadãos.
http://www.petitiononline.com/sudoeste/petition.html
Seria bom que em vez de chorar sobre leite derramado (tal como na vaga de incêndios), a sociedade civil agisse a tempo e horas e fizesse valer a sua posição. Não queremos outro Algarve. Queremos?"
AR (10-09-03, por e-mail)

"(...) este texto (Televisão e Estratégia) está muito bom (...) em termos de conteúdo (...) tinha lugar num jornal, n estou a brincar (...) temos que pensar numa estratégia (...)"
OB (10-09-03, por msn)

"Não te disse outra cena: achei q o teu texto do riso estava muito bem escrito. Muito bonito.(...)
Parece-me q o teu estilo narrativo vem mais ao de cima nos textos pessoais do q nos "políticos".
CM (10-09-03, por msn)

"Portogaia possível capital de Portugal
A cidade de Budapeste, capital da Hungria, é formada por dois núcleos de construções separadas pelo rio Danúbio. Dum lado Buda e do outro Peste. A comunicação entre estas duas cidades é mantida por seis pontes, que estabelecem o trânsito entre as duas margens daquele rio.
Este «escrito» tem por alvo, a exemplo de Buda e Peste, que as nossas cidades do Porto e de Gaia (em idêntica situação à daquela cidade, e separadas pelo rio Douro, que, aliás, tem sensivelmente a mesma largura entre as duas margens que o Danúbio e igualmente com seis pontes: D. Luiz, D. Maria, Arrábida, Freixo, Infante D. Henrique e São João) possa um dia ser uma única cidade.
A futura Portogaia poderia até vir a ser a nova capital de Portugal. O concelho de Lisboa, segundo o último censo, tem 564 657 habitantes; o Porto e Gaia, respectivamente 263 131 e 288 149, ou seja, o total de 551 880 habitantes. Assim, a diferença que separa Lisboa de Portogaia é apenas 12 777 habitantes. Isto é, Lisboa só tem cerca de 2,26 por cento de habitantes a mais que a futura Portogaia. Por que esperam Luís Filipe Menezes e Rui Rio (ambos do PSD) para lutarem pela nova capital? Em 1139, Portugal começou a norte, com a capital em Guimarães. Será que passados 864 anos não poderemos vir a ter a nossa capital no Norte?"
"In Diário de Noticias, cartas dos leitores 22/08/2003"
LP (08-09-03, por e-mail)