Semana Horribilis
Há 22 anos que a selecção nacional não tinha uma semana tão vergonhosa como esta que passou. Durante uma semana o público, os dirigentes e até a maioria dos jogadores foram humilhados, mal tratados, gozados até.
Desde Saltillo que não se assistia a tal embaraço, que tem obviamente um e só um responsável. Scolari mostrou a 4 ou 2 jogos de se ir embora, como é a sua verdadeira personalidade.
Cada um dos casos isolados seria absolutamente inédito na história da equipa nacional e se calhar na história de todas as selecções do mundo. Combinados, os três casos, revelam uma situação verdadeiramente calamitosa que só a vitória contra a (provável) Alemanha pode conseguir disfarçar. Mas, numa perspectiva fria e o mais possível distanciada, não podemos ficar insensíveis a tudo o que se passou.
1º Scolari/Chelsea
É evidente que Scolari não tinha quaisquer possibilidades de adiar o anúncio da sua contratação por Abramovich. Talvez tenha até conseguido que tal notícia tenha sido adiada até ao provável alcance do objectivo mínimo combinado com Madaíl: os quartos de final.
Mas é inédito: os treinadores que abandonam as respectivas selecções e até os que já estão escolhidos pelas respectivas federações, são enunciados antes ou depois do Euro e não durante a competição. Foi assim com Van Basten, Koebi Kuhn e Otmar Hitzfeld.
O mais vergonhoso deste anúncio é que bem se vê a diferença de relacionamento de Scolari com o futuro patrão em relação ao actual, seguramente para ele um pobre dono de uma padaria com quem tem de falar de quando em vez. Vai levar consigo Murtosa? Vai ter o controlo e a supremacia que tem em relação à imprensa portuguesa? Vai manter com os jornalistas britânicos o estilo quero, posso e mando que tem com os nossos? E eles? Vão aturar-lhe os arrufos, má criações e cinismo, que os nossos diariamente aturam? Vão achar normal que perca um jogo, assuma que estava à espera, depois do próprio e o capitão de equipa e todos os jogadores que pronunciaram, terem garantido a vitória contra a Suiça?
É mais que evidente que Scolari teve bons resultados, globalmente, ao serviço da selecção portuguesa. Um 2º e um 4º lugar no Euro e no Mundial, revelam bom trabalho. Mas as condições em que tais resultados aconteceram são únicas. E a sua relação com os adeptos da selecção, com os jogadores, com a imprensa e com os dirigentes, fazem-me suspeitar de algo: não conseguirá chegar ao final da época nos Blues de Londres. É um sujeito que precisa de muita margem para errar para conseguir atingir objectivos. E ali a margem será zero!
2º Deco
Nunca assisti, talvez tenha havido algum caso, a um jogador abandonar um estágio neste género de competições, quanto mais durante a própria. Dizem-nos que foi tratar do divórcio. Acredito. Porquê? Não poderia tratar depois do Euro? Qual é a diferença substancial? Só mesmo se pretender assinar um contrato com outro empregador e para tal queira estar desvinculado dos compromissos matrimoniais que comprometerão o encaixe financeiro que pretende. Não. Não tem um familiar às portas da morte. Não nasceu um filho. Um divórcio levou um jogador a abandonar a concentração da equipa nacional durante o Euro 2008. Que outras excepções poderão ser patrocinadas pela federação e ordenadas pelo actual seleccionador? De certeza que se um jogador solicitar idêntica benesse, lhe é autorizada? E se não for? Como fica o ambiente naquele grupo de “irmãos”?
3º Derrota com a Suíça
Scolari achou normal o resultado. Mas não, não é. Humberto Coelho em situação idêntica ganhou 3-0 à Alemanha. E só com Couto, dos titulares, a titular, se não me falha a memória (Fiz 28 anos nesse dia e sim, estava no estádio). Eu não acho. Acho uma vergonha, fruto sem dúvida, da 2ª parte inqualificável da equipa que representa a federação de Portugal. Mesmo com uma péssima arbitragem como bem lembrou Joaquim Oliveira. Portugal só podia ter ganho, outro resultado é uma péssima prestação e um desrespeito para os emigrantes, para os que se deslocaram de propósito e para os milhões que se juntaram para apoiar a equipa.
Esta semana horribilis, felizmente terminou. Um bom resultado contra a Alemanha afastará todas as nódoas da nossa prestação. Mas, esta semana, os três casos que se sucederam, não são positivos para a vitória que todos desejamos. Pelo contrário. Prejudicam o já por si mesmo difícil: a passagem às meias finais. Estarei lá, como estive em Genebra contra a Turquia. E estranho: aquele que parecia ser o nosso maior problema fora do terreno de jogo, é afinal um cordeirinho de comportamento se comparado com os seus “compatriotas”, Scolari e Deco. As nossas esperanças voltam a virar-se para Ronaldo. Noutros tempos, também a grandeza de Figo, Rui Costa e companhia, eliminaram a merda que à sua volta era criada. Em 2002 não conseguiram. E este ano? Cara ou Coroa. Gritarei até que a voz me doa. O que não chega para nada.
Desde Saltillo que não se assistia a tal embaraço, que tem obviamente um e só um responsável. Scolari mostrou a 4 ou 2 jogos de se ir embora, como é a sua verdadeira personalidade.
Cada um dos casos isolados seria absolutamente inédito na história da equipa nacional e se calhar na história de todas as selecções do mundo. Combinados, os três casos, revelam uma situação verdadeiramente calamitosa que só a vitória contra a (provável) Alemanha pode conseguir disfarçar. Mas, numa perspectiva fria e o mais possível distanciada, não podemos ficar insensíveis a tudo o que se passou.
1º Scolari/Chelsea
É evidente que Scolari não tinha quaisquer possibilidades de adiar o anúncio da sua contratação por Abramovich. Talvez tenha até conseguido que tal notícia tenha sido adiada até ao provável alcance do objectivo mínimo combinado com Madaíl: os quartos de final.
Mas é inédito: os treinadores que abandonam as respectivas selecções e até os que já estão escolhidos pelas respectivas federações, são enunciados antes ou depois do Euro e não durante a competição. Foi assim com Van Basten, Koebi Kuhn e Otmar Hitzfeld.
O mais vergonhoso deste anúncio é que bem se vê a diferença de relacionamento de Scolari com o futuro patrão em relação ao actual, seguramente para ele um pobre dono de uma padaria com quem tem de falar de quando em vez. Vai levar consigo Murtosa? Vai ter o controlo e a supremacia que tem em relação à imprensa portuguesa? Vai manter com os jornalistas britânicos o estilo quero, posso e mando que tem com os nossos? E eles? Vão aturar-lhe os arrufos, má criações e cinismo, que os nossos diariamente aturam? Vão achar normal que perca um jogo, assuma que estava à espera, depois do próprio e o capitão de equipa e todos os jogadores que pronunciaram, terem garantido a vitória contra a Suiça?
É mais que evidente que Scolari teve bons resultados, globalmente, ao serviço da selecção portuguesa. Um 2º e um 4º lugar no Euro e no Mundial, revelam bom trabalho. Mas as condições em que tais resultados aconteceram são únicas. E a sua relação com os adeptos da selecção, com os jogadores, com a imprensa e com os dirigentes, fazem-me suspeitar de algo: não conseguirá chegar ao final da época nos Blues de Londres. É um sujeito que precisa de muita margem para errar para conseguir atingir objectivos. E ali a margem será zero!
2º Deco
Nunca assisti, talvez tenha havido algum caso, a um jogador abandonar um estágio neste género de competições, quanto mais durante a própria. Dizem-nos que foi tratar do divórcio. Acredito. Porquê? Não poderia tratar depois do Euro? Qual é a diferença substancial? Só mesmo se pretender assinar um contrato com outro empregador e para tal queira estar desvinculado dos compromissos matrimoniais que comprometerão o encaixe financeiro que pretende. Não. Não tem um familiar às portas da morte. Não nasceu um filho. Um divórcio levou um jogador a abandonar a concentração da equipa nacional durante o Euro 2008. Que outras excepções poderão ser patrocinadas pela federação e ordenadas pelo actual seleccionador? De certeza que se um jogador solicitar idêntica benesse, lhe é autorizada? E se não for? Como fica o ambiente naquele grupo de “irmãos”?
3º Derrota com a Suíça
Scolari achou normal o resultado. Mas não, não é. Humberto Coelho em situação idêntica ganhou 3-0 à Alemanha. E só com Couto, dos titulares, a titular, se não me falha a memória (Fiz 28 anos nesse dia e sim, estava no estádio). Eu não acho. Acho uma vergonha, fruto sem dúvida, da 2ª parte inqualificável da equipa que representa a federação de Portugal. Mesmo com uma péssima arbitragem como bem lembrou Joaquim Oliveira. Portugal só podia ter ganho, outro resultado é uma péssima prestação e um desrespeito para os emigrantes, para os que se deslocaram de propósito e para os milhões que se juntaram para apoiar a equipa.
Esta semana horribilis, felizmente terminou. Um bom resultado contra a Alemanha afastará todas as nódoas da nossa prestação. Mas, esta semana, os três casos que se sucederam, não são positivos para a vitória que todos desejamos. Pelo contrário. Prejudicam o já por si mesmo difícil: a passagem às meias finais. Estarei lá, como estive em Genebra contra a Turquia. E estranho: aquele que parecia ser o nosso maior problema fora do terreno de jogo, é afinal um cordeirinho de comportamento se comparado com os seus “compatriotas”, Scolari e Deco. As nossas esperanças voltam a virar-se para Ronaldo. Noutros tempos, também a grandeza de Figo, Rui Costa e companhia, eliminaram a merda que à sua volta era criada. Em 2002 não conseguiram. E este ano? Cara ou Coroa. Gritarei até que a voz me doa. O que não chega para nada.
1 Comments:
ta visto k n chega
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