quinta-feira, maio 10, 2007

CML

Em primeiro lugar sinalizar a postura de Marques Mendes. Que a oposição se deixe de palavras e passe aos actos, demitindo-se. É bom que se explique aos lisboetas que esta bagunça nada tem que ver com a oposição. Ele é que fez uma escolha, que assumiu como pessoal e, pelos vistos, não só se enganou, como foi traído. O problema da CML é do PSD, de Marques Mendes e de Carmona e não é um problema de secretaria, que obriga os vereadores a fintarem a questão política, ao terem que se demitir.
Podem fazê-lo, é certo. Mas isso não pode ofuscar a razão política do problema.

Em segundo lugar a oposição tem, neste momento, um rosto: José Sá Fernandes. E cuidado com este problema. Miguel Coelho e Carrilho são os responsáveis pelo difícil ponto de partida que se avizinha para qualquer que venha a ser o candidato do PS.

Em terceiro lugar a candidatura fantasma de Helena Roseta. Deve fazer-se uma profunda avaliação das suas capacidades de gestão autárquica, quando foi Presidente de Cascais, em listas do PPD.
E temos também de acabar urgentemente com esta rede instalada dentro do PS, de um conjunto de pessoas, que afinal, chamem-lhe o que quiserem, constituem um partido, dentro de outro partido. Na verdade, mesmo dizendo-se contra os partidos, o Movimento de Cidadãos, afinal não foi só um grupo de apoiantes de uma candidatura presidencial, acto individual. Tem objectivos políticos eleitorais e daqui não vamos sair.
Melhor dito: eles não podem utilizar o PS como púlpito e depois candidatarem-se por outro partido contra nós! Tenham vergonha! Vão para a rua! Acabem com esta verdadeira oposição. Manuel Alegre é, assim, o que foi Paulo Portas de Ribeiro para Castro.

Por fim uma avaliação sobre a questão que se coloca ao PS. Eu gostava de António José Seguro, mas percebo que um militante talhado para ser secretário-geral, não entre nesta corrida.
Ferro Rodrigues seria a melhor opção, mas segundo consta terá recusado. Será? Neste quadro, continuo a defender que a melhor solução e em várias frentes, seria António Costa. Internamente acalmava a configuração sucessória de Sócrates, que, em minha opinião, não é tão pacífica como julgam neste momento os seus (de Costa) apoiantes.

Não apostaria nem em João Soares, nem noutros nomes menos sonantes que têm vindo a público. Porque, por mais que se tenha vontade, não é o presente que conta mais. É a conjugação entre a acção passada e a perspectiva futura.