O maior dos Grandes Portugueses
No dia em que a União Europeia comemorou 50 anos, que Cavaco não o convidou e que Salazar venceu o passatempo da televisão pública, do qual não é despiciendo a participação do seu defensor, a SIC Notícias deu provas da sua inteligência e convidou o maior português contemporâneo.
Mário Soares esteve no dia d. A sua participação continuou a linha política que apresentara na última batalha eleitoral. Um discurso sábio envolto numa postura afectiva.
E sim, voltou a ser emocionante ver e ouvir Soares. O grande Soares. A chapada de luva branca que deu a Cavaco, afirmando que é ao Presidente que cabe definir o perfil dos convidados, mostra o leão político que ainda é.
Nem a comunicação social, amplamente favorável a Cavaco, conseguiu evitar que o escândalo de não convidar o homem da “Europa Connosco” é maior que qualquer comemoração com pompa, circunstância e imagens ridículas como aquela em que Cavaco, na ponta de uma passadeira, assiste sozinho à interpretação do hino da alegria, não por uma orquestra, mas por uma fanfarra, ladeado por GNR’s de espada em punho e pompons na cabeça. Tudo ao contrário da cerimónia europeia: união (os lideres juntos) e prestígio (a orquestra e layout do evento).
Antecipar a morte não á coisa mais saudável para melhor lidar com ela, bem sei. Mas também não é propriamente conveniente esconder a sua possibilidade, passando uma esponja cerebral quando a sua ideia nos ocorre. Na verdade, estou tão próximo dela como Mário Soares, independentemente de termos 50 anos de diferença.
Por isso, quando o vejo e especialmente no dia de ontem pensei o que seria de nós sem Mário Soares. Podem Salazar e os salazaristas, ajudados pelos comunistas e esquerdistas, tentar o que quiserem. Descansou-me ver ali Mário Soares.
O seu legado é indiscutível: é em democracia que vivemos, sem banca rota, não estamos “orgulhosamente sós” mas integrados na União Europeia, debatendo diariamente aquilo que nos separa, com esse justo direito e desafiando-nos diariamente para vivermos melhor. Para sermos mais felizes, os que sabem mais ou menos como e os que não fazem a mais pequena ideia e portanto votam com valor acrescentado no Salazar.
Finalmente recordo as inteligentes palavras de Ricardo Araújo Pereira, num dos inúmeros debates do concurso da Televisão Pública. “Salazar deve estar a dar pulos no caixão. Nunca quis ir a votos e agora a RTP obriga-o a ir”.
Mário Soares esteve no dia d. A sua participação continuou a linha política que apresentara na última batalha eleitoral. Um discurso sábio envolto numa postura afectiva.
E sim, voltou a ser emocionante ver e ouvir Soares. O grande Soares. A chapada de luva branca que deu a Cavaco, afirmando que é ao Presidente que cabe definir o perfil dos convidados, mostra o leão político que ainda é.
Nem a comunicação social, amplamente favorável a Cavaco, conseguiu evitar que o escândalo de não convidar o homem da “Europa Connosco” é maior que qualquer comemoração com pompa, circunstância e imagens ridículas como aquela em que Cavaco, na ponta de uma passadeira, assiste sozinho à interpretação do hino da alegria, não por uma orquestra, mas por uma fanfarra, ladeado por GNR’s de espada em punho e pompons na cabeça. Tudo ao contrário da cerimónia europeia: união (os lideres juntos) e prestígio (a orquestra e layout do evento).
Antecipar a morte não á coisa mais saudável para melhor lidar com ela, bem sei. Mas também não é propriamente conveniente esconder a sua possibilidade, passando uma esponja cerebral quando a sua ideia nos ocorre. Na verdade, estou tão próximo dela como Mário Soares, independentemente de termos 50 anos de diferença.
Por isso, quando o vejo e especialmente no dia de ontem pensei o que seria de nós sem Mário Soares. Podem Salazar e os salazaristas, ajudados pelos comunistas e esquerdistas, tentar o que quiserem. Descansou-me ver ali Mário Soares.
O seu legado é indiscutível: é em democracia que vivemos, sem banca rota, não estamos “orgulhosamente sós” mas integrados na União Europeia, debatendo diariamente aquilo que nos separa, com esse justo direito e desafiando-nos diariamente para vivermos melhor. Para sermos mais felizes, os que sabem mais ou menos como e os que não fazem a mais pequena ideia e portanto votam com valor acrescentado no Salazar.
Finalmente recordo as inteligentes palavras de Ricardo Araújo Pereira, num dos inúmeros debates do concurso da Televisão Pública. “Salazar deve estar a dar pulos no caixão. Nunca quis ir a votos e agora a RTP obriga-o a ir”.
1 Comments:
Só é pena que não haja um lugarzinho nos lares da terceira idade para esse senhor
Enviar um comentário
<< Home