Notícia em vão de escada
Não tem direito a parangona, passa despercebida, sem glória nem alento.
Olegário Benquerença está na lista de prováveis árbitros para o Europeu 2008. É uma notícia nada surpreendente se considerarmos que é o único árbitro português de elite da FIFA, que vinha arbitrando alguns jogos de importância nos últimos anos e que nesta edição da Champions já apitou cinco jogos.
É claro que o Estado Negação não é isento neste comentário. Muito pelo contrário se regozija com tal cenário que, em grande medida, deverá também depender do rápido e eficaz decorrer do processo do futebol dourado.
Pensemos um pouco nas últimas notícias que vieram a público, especialmente no Expresso, que insinuam que as classificações dos árbitros seriam a penalização para os que nunca se meteram com frutas, chocolatinhos e cafés com leite. Aqueles que, sobretudo, nem sequer deram azo a uma abordagem, a uma conversa, a qualquer espécie de contacto extra aquilo que está convencionado pela ética, a moral e a legislação desportiva.
Já várias vezes foi aqui mencionado o papel da comunicação social no âmbito deste processo. Relembramos a posição activa, por exemplo, da Rádio Renascença que não atribui nota ao árbitro português que se encontra no topo da esfera europeia e mundial. Mas não é o único órgão colaboracionista.
O que importa verdadeiramente é pensar nas classificações internas de Olegário Benquerença nas últimas três épocas. Em 2003/2004 ficou classificado em 11º lugar e em 2004/2005 em 13º.
Como é público desapareceram elementos que poderiam ajudar a investigar esta questão.
De acordo com o Regulamento da Arbitragem da FPF, Capítulo III, secção IV, sub-secção I, artigo 69º, alínea 2 "Não serão indicados como candidatos para Árbitro internacional, os Árbitros que obtenham classificação inferior ao décimo lugar, inclusive, nas duas últimas classificações."
No entanto, o artigo 70º esclarece, na alínea 1 que "O Plenário do Conselho de Arbitragem da F.P.F. manterá a indicação para "Internacional" dos Árbitros Internacionais que fiquem classificados até ao décimo segundo lugar da classificação da Primeira Categoria, desde que estes obtenham, nessa época, uma pontuação média igual ou superior a oitenta por cento da máxima pontuação possível, nas actuações em jogos das competições oficiais para que sejam nomeados pelas instâncias internacionais." e na 2, "Os Árbitros Internacionais que obtenham em duas épocas consecutivas classificações inferiores ao décimo segundo lugar, perdem a categoria de Internacional." o que não é o caso e portanto é o artigo 70º que garante a possibilidade de Portugal poder vir a estar representado ao mais alto nível nas competições internacionais.
Em 2005/06, Olegário, ficou em 5º lugar.
O português desconfiado deveria pensar sobre a incongruência do tipo de observação nacional em oposição à rigorosa explanação internacional a que os árbitros estão sujeitos e que é motivo de tanto elogio por essas tascas fora.
As envergonhadas referências estão aqui e aqui.
Olegário Benquerença está na lista de prováveis árbitros para o Europeu 2008. É uma notícia nada surpreendente se considerarmos que é o único árbitro português de elite da FIFA, que vinha arbitrando alguns jogos de importância nos últimos anos e que nesta edição da Champions já apitou cinco jogos.
É claro que o Estado Negação não é isento neste comentário. Muito pelo contrário se regozija com tal cenário que, em grande medida, deverá também depender do rápido e eficaz decorrer do processo do futebol dourado.
Pensemos um pouco nas últimas notícias que vieram a público, especialmente no Expresso, que insinuam que as classificações dos árbitros seriam a penalização para os que nunca se meteram com frutas, chocolatinhos e cafés com leite. Aqueles que, sobretudo, nem sequer deram azo a uma abordagem, a uma conversa, a qualquer espécie de contacto extra aquilo que está convencionado pela ética, a moral e a legislação desportiva.
Já várias vezes foi aqui mencionado o papel da comunicação social no âmbito deste processo. Relembramos a posição activa, por exemplo, da Rádio Renascença que não atribui nota ao árbitro português que se encontra no topo da esfera europeia e mundial. Mas não é o único órgão colaboracionista.
O que importa verdadeiramente é pensar nas classificações internas de Olegário Benquerença nas últimas três épocas. Em 2003/2004 ficou classificado em 11º lugar e em 2004/2005 em 13º.
Como é público desapareceram elementos que poderiam ajudar a investigar esta questão.
De acordo com o Regulamento da Arbitragem da FPF, Capítulo III, secção IV, sub-secção I, artigo 69º, alínea 2 "Não serão indicados como candidatos para Árbitro internacional, os Árbitros que obtenham classificação inferior ao décimo lugar, inclusive, nas duas últimas classificações."
No entanto, o artigo 70º esclarece, na alínea 1 que "O Plenário do Conselho de Arbitragem da F.P.F. manterá a indicação para "Internacional" dos Árbitros Internacionais que fiquem classificados até ao décimo segundo lugar da classificação da Primeira Categoria, desde que estes obtenham, nessa época, uma pontuação média igual ou superior a oitenta por cento da máxima pontuação possível, nas actuações em jogos das competições oficiais para que sejam nomeados pelas instâncias internacionais." e na 2, "Os Árbitros Internacionais que obtenham em duas épocas consecutivas classificações inferiores ao décimo segundo lugar, perdem a categoria de Internacional." o que não é o caso e portanto é o artigo 70º que garante a possibilidade de Portugal poder vir a estar representado ao mais alto nível nas competições internacionais.
Em 2005/06, Olegário, ficou em 5º lugar.
O português desconfiado deveria pensar sobre a incongruência do tipo de observação nacional em oposição à rigorosa explanação internacional a que os árbitros estão sujeitos e que é motivo de tanto elogio por essas tascas fora.
As envergonhadas referências estão aqui e aqui.
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