quarta-feira, janeiro 03, 2007

Having Joy

No fim de ano, passado no Sobral, aldeia perto de Ferreira do Zêzere, apareceu-nos Joy. É um gato dócil e sedutor como qualquer outro desde que domesticado. Ao que apurámos Joy, é pertença de Joi, um vizinho pouco dado a chouriças e vinho da terra. Ambos os baptismos são copyright da rapaziada, derivados de uma tentativa de envenenamento com dolo, por nós promovida e que consistia na simples ideia de fornecer joi de laranja fora de prazo de modo a racionalizar excessos de comida e, neste caso, bebida que levamos para estes encontros fraternos.

Mesmo com três cães presentes em casa e afastados da sala comum, embora não colocados no seu devido quintal, fruto da falta de canis, Joy entrou, deitou-se na poltrona perto da lareira e aí dormiu que nem um Lord, apesar das conversas animadas, música festiva e permanentes invasões territoriais por parte dos inconsoláveis canídeos.

Fez-me pensar que se calhar somos gente acolhedora. Mesmo que ele seja um vendido, os cães uns patetas pouco argutos e nós assassinos de fraco sucesso, a verdade é que houve uma sensação de conforto e bem-estar que fez com que Joy passasse o ano connosco e não com seus donos.