sábado, maio 20, 2006

Bandeirada

À incrível ideia de fazer um logotipo humano só com mulheres que recriaram a imagem gráfica da bandeira de Portugal juntou-se a face visível da problemática que se tem discutido nos últimos dias graças, honra lhe seja feita, a Manuel Maria Carrilho.

Em primeiro lugar uma palavra para as mulheres que participaram: pena.
Quando andava no sétimo ano lembro-me que gostava que a minha high school sweet heart me fosse ver a jogar. No Passos Manuel eu era Chalana. Mas o motivo pelo qual essa situação raramente se ter concretizado até acabar definitivamente, foi porque não compreendia reciprocidade. Não há nada mais chato que ir ver um jogo de futebol adolescente feminino. Portanto é machista e pouco dignificante fazer um discriminação que não tem nada de positivo. E estranho o silêncio das feministas deste país BES.

A SIC é associada do evento. Em directo, uma vasta rede de meios técnicos dá cobertura a dois tipos de profissionais: jornalistas e animadores de entretenimento. É claro que o resultado é chocante. Os serviços informativos da generalista e da SICN fazem reportagem e depois acontece um programa de entretenimento com entrevistados muitíssimo interessantes no que têm para dizer e como é habitual.
Vai-se ao extremo da pivô de entretenimento Rita Ferro Rodrigues, ex. jornalista, fazer reportagem para os serviços informativos da SICN.

As questões colocadas por Manuel Maria Carrilho sobre o papel das agências de comunicação são pertinentes e sérias. Não se limitam só à política, existem também nos grandes interesses. Mas se o Expresso referencia dois estudos assustadores sobre a dependência das redacções em marcar meios e jornalistas para dar antena a determinados eventos e/ou determinados indivíduos, ao mesmo tempo e num rasgo de humor sublime conclui que essa ligação suja não está directamente relacionada com campanhas negativas.
Pois é lógico. Trata-se é de PROMOVER gentalha e acontecimentos fascizóides.

Era só imaginar um qualquer presidente de Câmara, comentador semanal de futebol, casado com uma jornalista influente (e só refiro isto porque as revistas cor-de-rosa os mostram muito felizes), visita segura do camarote VIP da Luz, que quando confrontado com o facto das sugestões dele sobre arbitragem e os árbitros estarem erradas e enviesadas me respondeu simpaticamente: "Se eu não tivesse esta postura não tínhamos sido campeões o ano passado". Ao contrário dos livros o texto em cima (e não na página seguinte, como seria cronologicamente certo) complementa um pouco esta ideia.

3 Comments:

At 12:37 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Porque só os ricos podem ir à Alemanha ver os jogos. As pobres, da classe média baixa, ficam contentes de ir fazer a bandeira ao estado Nacional. É uma maneira de participar, de dar apoio

 
At 4:36 da tarde, Blogger HB said...

Sim, o BES precisa de todo o apoio que se possa arranjar.

 
At 4:57 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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