Nacionalização petrolífera
Regozija a esquerda miudinha com a entrada das forças armadas bolivianas em dois poços de petróleo explorados por companhias estrangeiras tendo como consequência a nacionalização da sua exploração.
Mas esta é uma péssima notícia. Em primeiro lugar as recentes vitórias da esquerda na América do Sul poderiam representar uma aragem, uma nova esperança para o sistema político, não só do continente mas também do mundo em geral. Lula, Bachelet e Morales simbolizam a possibilidade de viragem à esquerda. Democrática, evoluída e construtiva. Com esta atitude Evo Morales compromete esse sonho transformando-se num radical à imagem do ditador Fidel e seu mordomo Chávez.
Como é evidente compete a um presidente de um estado de direito democrático respeitar os compromissos assumidos por esse mesmo estado. Em nenhuma circunstância pode recorrer às armas para tomar o que quer que seja. E a seguir? Manda prender, torturar e matar quem não concorde com a iniciativa militarista?
Para mais a utópica razão apresentada por Morales: com o controlo desta fonte de rendimento resolverá os problemas económicos e sociais da Bolívia. Como veremos daqui a dez anos não só nada estará resolvido como se poderá agravar a situação se a moda pegar neste e outros países da região, que já estão a afiar a moca.
É também uma ilusão achar que um estado tem capacidade de gestão para criar e rentabilizar uma empresa pública que extrai e vende petróleo. Mais facilmente aparecerão casos de corrupção e tráfico de influências que o contrário, ou seja uma solução que seja mais justa por um lado para os trabalhadores, por outro para povo.
Talvez saia daqui uma solução na qual as próprias empresas petrolíferas tendam a valorizar a sua gestão de recursos humanos e a ajustar os seus acordos de princípio com os estados explorados. Talvez consigam reposicionar a sua missão de modo a terem uma actuação mais justa e mais sensível aos problemas globais.
Mas a via militar, como recentemente se viu na desastrada Intervenção no Iraque, nunca é um bom princípio para mudar o mundo. Apesar de aparentar o contrário, temo que esta acção de Morales e dos Generais provoque uma onda de crise e desconfiança financeira que conduza a um agravamento dos problemas sociais. Perderam aqueles que, como eu, acreditam que é preciso utilizar uma só arma para a globalização humanizada que todos desejamos: a palavra. Que neste contexto significa negociação, diplomacia e combate jurídico e político.
Mas esta é uma péssima notícia. Em primeiro lugar as recentes vitórias da esquerda na América do Sul poderiam representar uma aragem, uma nova esperança para o sistema político, não só do continente mas também do mundo em geral. Lula, Bachelet e Morales simbolizam a possibilidade de viragem à esquerda. Democrática, evoluída e construtiva. Com esta atitude Evo Morales compromete esse sonho transformando-se num radical à imagem do ditador Fidel e seu mordomo Chávez.
Como é evidente compete a um presidente de um estado de direito democrático respeitar os compromissos assumidos por esse mesmo estado. Em nenhuma circunstância pode recorrer às armas para tomar o que quer que seja. E a seguir? Manda prender, torturar e matar quem não concorde com a iniciativa militarista?
Para mais a utópica razão apresentada por Morales: com o controlo desta fonte de rendimento resolverá os problemas económicos e sociais da Bolívia. Como veremos daqui a dez anos não só nada estará resolvido como se poderá agravar a situação se a moda pegar neste e outros países da região, que já estão a afiar a moca.
É também uma ilusão achar que um estado tem capacidade de gestão para criar e rentabilizar uma empresa pública que extrai e vende petróleo. Mais facilmente aparecerão casos de corrupção e tráfico de influências que o contrário, ou seja uma solução que seja mais justa por um lado para os trabalhadores, por outro para povo.
Talvez saia daqui uma solução na qual as próprias empresas petrolíferas tendam a valorizar a sua gestão de recursos humanos e a ajustar os seus acordos de princípio com os estados explorados. Talvez consigam reposicionar a sua missão de modo a terem uma actuação mais justa e mais sensível aos problemas globais.
Mas a via militar, como recentemente se viu na desastrada Intervenção no Iraque, nunca é um bom princípio para mudar o mundo. Apesar de aparentar o contrário, temo que esta acção de Morales e dos Generais provoque uma onda de crise e desconfiança financeira que conduza a um agravamento dos problemas sociais. Perderam aqueles que, como eu, acreditam que é preciso utilizar uma só arma para a globalização humanizada que todos desejamos: a palavra. Que neste contexto significa negociação, diplomacia e combate jurídico e político.
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