Questão fonética: um país de ERCES.
Perdida está a batalha mediática que advogava o fim do estado de graça, onde os portugueses num rasgo de bom-senso democrático, continuaram a demonstrar confiança no governo, que diga-se em abono da verdade, tem sido tão perseguido como defendido pelos órgãos de comunicação social. É assim mesmo: nem mais nem menos que os outros governos pós-democráticos.
A imprensa de direita (Público, Sol (ex. Independente), TVI, Rádio Renascença, Correio da Manhã, etc.) é hostil e a de esquerda (DN, TSF, SIC, Expresso, JN, etc.) é favorável. Uma e outra, vai não vai, puxam ao contrário, neste ou naquele tema, neste ou naquele candidato circunstancial, como que a provar a sua proclamada independência, mas genericamente esta é a orientação sistemática.
Tentou agora a oposição, sem rumo, sem credibilidade e sem lideres, trazer a terreiro, com o apoio da comunicação social hostil ao governo, a questão da ERSE e a da ERC. Duas ERCES, duas parvoíces pegadas.
Alegam que o governo censurou a ida do demissionário presidente da Entidade de Regulação dos Serviços Energéticos à Assembleia da República responder aos deputados. Porque é que o presidente da ERSE só se demitiu agora, meses depois da conhecida contradição de posição que tinha com o governo? O que seria se a electricidade viesse a aumentar 15%, como sustenta o demissionário? Quantas formas de convocação têm os deputados para chamar alguém a depor? Porque o queriam chamar um mês antes do fim do seu mandato?
O caso da ERC é ainda mais ridículo. Cintra Torres escreveu num artigo de opinião no Público, que um membro do Gabinete do PM telefonou em pleno Telejornal para a redacção da RTP: matéria que sugere interferência directa do governo na orientação editorial do canal público. Instado a nomear a pessoa que lhe terá contado esse suposto telefonema, refugiou-se no estatuto de jornalista, não revelando, portanto, a sua fonte.
Desconhecia. Sabia que Cintra Torres é crítico de TV. Sabia que produziu programas para a RTP (em Macau inclusive, grandes e caros momentos de boa televisão, quem não se lembra?). Sabia que escreve artigos de opinião, como é possibilidade de qualquer cidadão português. Não sabia que é jornalista e pode recorrer ao expediente da "protecção da fonte", mesmo que se pretenda apurar uma, de acordo com o Governo de Portugal, grande mentira.
Na realidade tenho mesmo pena que o gabinete do PM não telefone para qualquer redacção, pública, ou privada, de televisão, rádio, ou imprensa escrita, de cada vez que aqueles senhores começam com o horrendo espectáculo em que transformam a lamentável questão dos incêndios. Mais. Nessas circunstâncias o que a maior parte dos jornalistas, editores e directores de informação faz não é jornalismo. Não é infoentretenimento, sequer. É puro Reality Show. E isso nunca notou o crítico/produtor/opinador/jornalista.
A decadente forma como os meios cobrem os incêndios é defendida. Irónico.
A imprensa de direita (Público, Sol (ex. Independente), TVI, Rádio Renascença, Correio da Manhã, etc.) é hostil e a de esquerda (DN, TSF, SIC, Expresso, JN, etc.) é favorável. Uma e outra, vai não vai, puxam ao contrário, neste ou naquele tema, neste ou naquele candidato circunstancial, como que a provar a sua proclamada independência, mas genericamente esta é a orientação sistemática.
Tentou agora a oposição, sem rumo, sem credibilidade e sem lideres, trazer a terreiro, com o apoio da comunicação social hostil ao governo, a questão da ERSE e a da ERC. Duas ERCES, duas parvoíces pegadas.
Alegam que o governo censurou a ida do demissionário presidente da Entidade de Regulação dos Serviços Energéticos à Assembleia da República responder aos deputados. Porque é que o presidente da ERSE só se demitiu agora, meses depois da conhecida contradição de posição que tinha com o governo? O que seria se a electricidade viesse a aumentar 15%, como sustenta o demissionário? Quantas formas de convocação têm os deputados para chamar alguém a depor? Porque o queriam chamar um mês antes do fim do seu mandato?
O caso da ERC é ainda mais ridículo. Cintra Torres escreveu num artigo de opinião no Público, que um membro do Gabinete do PM telefonou em pleno Telejornal para a redacção da RTP: matéria que sugere interferência directa do governo na orientação editorial do canal público. Instado a nomear a pessoa que lhe terá contado esse suposto telefonema, refugiou-se no estatuto de jornalista, não revelando, portanto, a sua fonte.
Desconhecia. Sabia que Cintra Torres é crítico de TV. Sabia que produziu programas para a RTP (em Macau inclusive, grandes e caros momentos de boa televisão, quem não se lembra?). Sabia que escreve artigos de opinião, como é possibilidade de qualquer cidadão português. Não sabia que é jornalista e pode recorrer ao expediente da "protecção da fonte", mesmo que se pretenda apurar uma, de acordo com o Governo de Portugal, grande mentira.
Na realidade tenho mesmo pena que o gabinete do PM não telefone para qualquer redacção, pública, ou privada, de televisão, rádio, ou imprensa escrita, de cada vez que aqueles senhores começam com o horrendo espectáculo em que transformam a lamentável questão dos incêndios. Mais. Nessas circunstâncias o que a maior parte dos jornalistas, editores e directores de informação faz não é jornalismo. Não é infoentretenimento, sequer. É puro Reality Show. E isso nunca notou o crítico/produtor/opinador/jornalista.
A decadente forma como os meios cobrem os incêndios é defendida. Irónico.
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