terça-feira, dezembro 19, 2006

O caso Nené

O caso Manuel Fernandes (para um benfiquista que se preze, Nené) é deveras estranho. O único jogador, a seguir a Rui Costa, formado nas escolas do clube, com qualidade internacional, protagoniza uma novela que atesta bem a qualidade dos actuais dirigentes.

Pertencendo a um fundo participado da Somague, teve de ser despachado de forma a subtrair a dívida do Benfica ao empreiteiro, contas avessas do estádio que era a custo zero.

Acresce que o jogador estava (está) insatisfeito com o departamento médico, que durante dois anos não conseguiu resolver o problema que então o assolou: pubalgia.
Também é estranho. Este departamento médico entrou em funções por desentendimentos entre a direcção de Vieira e o anterior (de reconhecido e prestigiado mérito), derivado da recuperação de Matorras. Escusado dizer que, com esta equipa médica, o angolano recuperou e está apto para o futebol...
Escusado também dizer que os casos clínicos se sucedem no Benfica a uma velocidade só equiparada à impossibilidade de explicar o que se passa.

Para emendar a mão (ter de vender o jogador de qualquer forma), o Benfica fez um negócio desastroso com um clube de segunda categoria, o Portsmouth, acabando vigarizado, pelo facto de só receber quando o jogador completasse 3 jogos seguidos na Liga Inglesa. O que, claro, não aconteceu. Agora incompatibilizados, jogador e SLB, estão condenados a entenderem-se. Para mim, desportivamente, são boas notícias. É um excelente reforço, aquele que José Mourinho considera o Makelele do futuro. Em termos de gestão desportiva nada de novo. Ruinosa senhores, ruinosa.