Leitura das Almas
O assassinato de cerca de três mil pessoas em Nova Iorque a 11 de Setembro de 2001, é um Massacre.
O assassinato de quarenta e um mil, seiscentos e cinquenta civis (número mínimo, para um número máximo de quarenta e seis mil trezentos e dezoito) no Iraque, é um Genocídio.
Para os valores da humanidade ambos, massacres e genocídios, são absolutamente condenáveis. Têm, ainda assim, diferenças óbvias: dimensão, continuidade no tempo, dispersão do espaço.
Os Estados Unidos são um país com viravoltas históricas em relação ao tratamento dado a humanos. Foi assim com as minorias étnicas, com as mulheres, até com os refugiados políticos. Mais tarde que cedo deverão ser os primeiros a alterar as regras de tortura e assassinato dos seus inimigos, matéria onde são mais incidentes que a própria Al-Qaeda. É ou não verdade que já foram torturadas mais pessoas pela administração Bush que a mando de Ussama Ben Laden?
O sistema democrático americano necessita, mais que todos os outros, estados de inspiração muçulmana inclusive, de cuidados intensivos e tenho a certeza que as próximas eleições para o Congresso e para a Presidência disso mesmo darão conta.
Operações cirúrgicas militares não existem. Nem quando se planeia e executa um atentado ou uma guerra. Existirão sempre vítimas que nada têm a ver com a posição global dos seus líderes.
Nesta evocação dos 5 anos do ataque às Torres Gémeas fica um pormenor de espectáculo que não deixa de ser desagradável. A leitura dos nomes das vítimas. Ainda se fossem homenageados por escrito (lápide) é como o outro... Agora verbalizar. Esta repulsa deve ter origem no respeito pelo silêncio que implica a morte.
Porque repare-se. Se o Iraque viesse alguma vez a ser uma democracia consolidada e um estado de direito com uma economia de mercado como ambiciona e falha a administração Bush, a homenagem aos mortos inocentes desta guerra seria muito difícil. Como se organizava a leitura dos nomes de mais de quarenta mil almas?
O assassinato de quarenta e um mil, seiscentos e cinquenta civis (número mínimo, para um número máximo de quarenta e seis mil trezentos e dezoito) no Iraque, é um Genocídio.
Para os valores da humanidade ambos, massacres e genocídios, são absolutamente condenáveis. Têm, ainda assim, diferenças óbvias: dimensão, continuidade no tempo, dispersão do espaço.
Os Estados Unidos são um país com viravoltas históricas em relação ao tratamento dado a humanos. Foi assim com as minorias étnicas, com as mulheres, até com os refugiados políticos. Mais tarde que cedo deverão ser os primeiros a alterar as regras de tortura e assassinato dos seus inimigos, matéria onde são mais incidentes que a própria Al-Qaeda. É ou não verdade que já foram torturadas mais pessoas pela administração Bush que a mando de Ussama Ben Laden?
O sistema democrático americano necessita, mais que todos os outros, estados de inspiração muçulmana inclusive, de cuidados intensivos e tenho a certeza que as próximas eleições para o Congresso e para a Presidência disso mesmo darão conta.
Operações cirúrgicas militares não existem. Nem quando se planeia e executa um atentado ou uma guerra. Existirão sempre vítimas que nada têm a ver com a posição global dos seus líderes.
Nesta evocação dos 5 anos do ataque às Torres Gémeas fica um pormenor de espectáculo que não deixa de ser desagradável. A leitura dos nomes das vítimas. Ainda se fossem homenageados por escrito (lápide) é como o outro... Agora verbalizar. Esta repulsa deve ter origem no respeito pelo silêncio que implica a morte.
Porque repare-se. Se o Iraque viesse alguma vez a ser uma democracia consolidada e um estado de direito com uma economia de mercado como ambiciona e falha a administração Bush, a homenagem aos mortos inocentes desta guerra seria muito difícil. Como se organizava a leitura dos nomes de mais de quarenta mil almas?
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