quarta-feira, setembro 27, 2006

Bailarico no salão

Neste preciso instante José Sócrates acaba de encavacar Louçã. E já não era sem tempo! Aquela rapaziada tem que levar, de quando em quando, com o ferro pelas costas, para não andar sempre com o trauliteirismo na ponta da língua. Louçã e seus pares têm no PS e não na direita, têm em Sócrates e não em Mendes, têm no Grupo Parlamentar do PS e não na direita, o seu enfoque de combate. É assim quando o PS é governo, mas também durante as campanhas eleitorais, presidenciais, legislativas e locais, enfim, sempre que fazem política o cheiro que deitam é que estão tão longe do PS como dos partidos da direita. Faz lembrar os tempos de Cunhal: quem não é comunista é fascista!

No debate na Assembleia da República, Sócrates relembrou duas vezes Louçã sobre a recente marcha pelo emprego. O líder do Bloco bem tentou fugir à marcha vergonhosa que andou a fazer pelo país. Porque na verdade essa marcha não foi pelo emprego, foi pelo desemprego. E como os indicadores demonstram uma redução do desemprego, Louçã deu um tiro no pé.
Mas para mim o pior de tudo foi a forma como a marcha foi concebida. É que os copys de serviço, promoveram uma caminhada por empresas cujos trabalhadores vivem situações difíceis, com rapaziada a dançar ao som de Zé Pereiras, bandeiras, farra, cigarros para rir, t-shirts e outros produtos de merchandising chorudo, tudo devidamente sujo, como convém.