Oligarquia consolidada ou a mudança em que podemos acreditar
A próxima terça-feira nos Estados Unidos será o momento eleitoral mais importante desde o fim da guerra fria.
Republicanos e democratas vão escolher uma grande maioria de delegados às respectivas convenções, portanto, na realidade escolher os seus respectivos candidatos. Do lado republicano duas evidências: McCain vencerá a luta interna e perderá a batalha nacional. A estratégia passa agora por ressuscitar Ronald Reagen, elogiando-o, fazendo dele a referência política, aquele em que todos os pré-candidatos republicanos se revêem e que todos mencionam e citam. A lógica é sui generis: criticar Bush por omissão, elogiando paralelamente o presidente dos anos 80.
Assim, na prática, na próxima super terça-feira, caberá ao eleitorado democrata escolher o próximo presidente dos EUA.
E existem duas hipóteses: Obama ou Clinton.
A mulher do ex-presidente partiu com larga vantagem nas sondagens em relação ao Senador do Illinois. A campanha tem no entanto revelado uma manifesta recuperação de Obama, que já bateu Clinton em dois estados, Iowa e South Carolina. A senadora venceu Michigan e Florida (Estados castigados por não respeitarem o calendário da direcção do partido, logo não elegendo candidatos) e New Hampshire (elegendo apenas 11 delegados contra 12 de Obama, resultado do método eleitoral por cidade) e Nevada (empate em número de delegados: 14).
A dinâmica de vitória eleitoral está claramente do lado de Barack Obama. Acresce a infeliz intromissão de Bill Clinton que, antes das eleições na Carolina do Sul, acusou Obama de estar a fazer uma campanha de “conto de fadas” e colocou o enfoque nas questões étnicas. O resultado foi desastroso para a sua mulher, duramente penalizada nas urnas.
Republicanos e democratas vão escolher uma grande maioria de delegados às respectivas convenções, portanto, na realidade escolher os seus respectivos candidatos. Do lado republicano duas evidências: McCain vencerá a luta interna e perderá a batalha nacional. A estratégia passa agora por ressuscitar Ronald Reagen, elogiando-o, fazendo dele a referência política, aquele em que todos os pré-candidatos republicanos se revêem e que todos mencionam e citam. A lógica é sui generis: criticar Bush por omissão, elogiando paralelamente o presidente dos anos 80.
Assim, na prática, na próxima super terça-feira, caberá ao eleitorado democrata escolher o próximo presidente dos EUA.
E existem duas hipóteses: Obama ou Clinton.
A mulher do ex-presidente partiu com larga vantagem nas sondagens em relação ao Senador do Illinois. A campanha tem no entanto revelado uma manifesta recuperação de Obama, que já bateu Clinton em dois estados, Iowa e South Carolina. A senadora venceu Michigan e Florida (Estados castigados por não respeitarem o calendário da direcção do partido, logo não elegendo candidatos) e New Hampshire (elegendo apenas 11 delegados contra 12 de Obama, resultado do método eleitoral por cidade) e Nevada (empate em número de delegados: 14).
A dinâmica de vitória eleitoral está claramente do lado de Barack Obama. Acresce a infeliz intromissão de Bill Clinton que, antes das eleições na Carolina do Sul, acusou Obama de estar a fazer uma campanha de “conto de fadas” e colocou o enfoque nas questões étnicas. O resultado foi desastroso para a sua mulher, duramente penalizada nas urnas.
Depois de John Kerry e Ted Kennedy apoiarem a candidatura de Obama, apoio muito necessário para o interior do partido, falta agora saber se o desistente, mas acarinhado, John Edwards se manifesta a favor de alguém (Obama?).
Neste quadro é essencial perceber que desde 1989, portanto há vinte anos, que duas famílias alternam o mais alto cargo dos EUA e o mais poderoso do mundo. Desde 1989, em que o pai Bush foi eleito, que se mantém uma desesperante alternância. Uma oligarquia que faz lembrar as ditaduras familiares dos países do médio oriente.
Neste quadro é essencial perceber que desde 1989, portanto há vinte anos, que duas famílias alternam o mais alto cargo dos EUA e o mais poderoso do mundo. Desde 1989, em que o pai Bush foi eleito, que se mantém uma desesperante alternância. Uma oligarquia que faz lembrar as ditaduras familiares dos países do médio oriente.
Não que ser filho ou esposo de alguém deva ser impeditivo do exercício de qualquer actividade. A questão é o radicalismo a que se pode chegar: se for eleita na próxima terça-feira Hillary Clinton levará a que os destinos da poderosa América venham a ser comandados apenas por duas famílias por mais de trinta anos (até 2019), sem contar os 10 anos em que o pai Bush foi vice-presidente de Reagan. Não é muito democrático, pois não?
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