sexta-feira, junho 01, 2007

Oh Vanessa, tu estás nessa?

Quem é aquele senhor ao lado da Vanessa?

Positivo
A super-atleta portuguesa de triatlo, apareceu ontem a apoiar Fernando Negrão. É, antes de mais, uma boa notícia. Sempre defendi que as figuras públicas deveriam colaborar activamente na política. Muitos que conheço, não o fazem. Ela teve coragem, portanto, é de saudar.

Considero importante que Negrão chegue ao segundo lugar. Seria mau para a Democracia se Roseta e/ou Carmona ficassem em segundo. Não por serem independentes (Sá Fernandes também o é). Mas o discurso anti-partidário de Roseta e a ilegitimidade política de Carmona são sinais negativos, não por se candidatarem, mas caso obtenham bons resultados eleitorais. Significaria que os portugueses (os lisboetas em concreto) valorizam a baixa politiquice e a hipocrisia.

Marques Mendes depende mais de alcançar um 2º lugar, que qualquer outro político português desde o 25 de Abril. Caso consiga ser o primeiro dos últimos, garante a sua continuidade. Caso não consiga será internamente ainda mais trucidado.

Tenho visto muitas movimentações do último reduto mendista no sentido de assegurar figuras que apoiem o candidato Negrão. Não tem sido fácil. Por isso uma contratação, um compromisso com Vanessa, é sempre bem-vindo.

Aguardamos agora que Vanessa colabore na campanha de forma activa e empenhada. Que não se limite a ser uma Kátia Guerreiro como mandatária. A fadista recusou todas as entrevistas, os debates e as participações políticas (em que falasse) na campanha. Por um lado, Cavaco não precisava, por outro, Kátia tinha complexos.

Fui duas vezes mandatário de juventude (Joaquim Raposo, CM Amadora, 1997 e Jorge Sampaio, Presidência, mandatário de Lisboa, 2001). Defendi, interna e externamente, como ninguém, a participação activa dos mandatários e exigi que tivessem uma intervenção política esclarecida e esclarecedora que ultrapassasse a figura de corpo presente muitas vezes adoptada.


Negativo
As primeiras declarações de Vanessa ficaram aquém deste posicionamento. Afirmou que sempre “gostou deste partido” e pior: repetiu duas vezes que apoia “este senhor, que me dá confiança”.

Vanessa! “Este partido” é o PSD. “Este senhor” chama-se Fernando Negrão. Repetindo como ela: “Este senhor” chama-se Fernando Negrão.
O pior que poderia acontecer, ao contrário da afirmação democrática de uma figura pública participar plenamente na vida política do nosso país, seria aparecer porque a convenceram, ou lhe disseram que gostar deste partido e deste senhor é uma coisa… boa.

Deveria ter apresentado as suas condições para uma política lisboeta para a juventude, um pré-programa de acção (a base de uma política de juventude para Lisboa) e uma orientação sobre o que será a campanha, do ponto de vista da Juventude.

Conclusão
Ficamos pois à espera que Vanessa não seja só uma figura de corpo presente, abafada e remetida àquilo que muitas vezes é a tentação dos candidatos de remeter os seus mandatários (especialmente de juventude) a uma condição de jarra.
Como campeã olímpica que poderá vir a ser (não esquecendo que precisará dos apoios suficientes do Estado), queremos saber as suas ideias, as suas exigências, a sua visão.
Este é um novo desafio para Vanessa. As suas capacidades de super mulher, as físicas, já conhecemos e admiramos. Agora estamos à espera da sua afirmação intelectual e cívica.

1 Comments:

At 12:24 da tarde, Blogger W. V. D. said...

penso que o primeiro lugar ainda não está decidido, até porque supostamente vivemos em Democracia
As expressões da Vanessa não são de estranhar, sendo ele do clube que é não se pode pedir muito mais.

 

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