segunda-feira, outubro 03, 2005

Primeiro Dia

Hoje foi o primeiro dia na Faculdade de Letras.

Para descobrir as salas foi uma aventura de concentração e capacidade de decifrar códigos secretos acima da média. Para universitários, portanto.

O chamado Pavilhão Novo é um espaço absolutamente devoluto, antigo e feio.

As inscrições dos comunas são lindas: "pra kékeserve uma tuna?* pergunta retórica", "com três letras se escreve a palavra NÃO" e "MATA- Movimento Anti Tradição Académica".

Aliás, o pessoal do MATA andava desde as nove da manhã a distribuir panfletos contra a praxe, enquanto os tradicionalistas nem vê-los.

À primeira aula (Bases de Análise Gramatical), nem um aviso. Simplesmente meia hora à espera, em vão. Valeu que os de Latim afixaram que só começam dia 6.

Portanto um primeiro dia sem aulas. Se eles próprios fazem gazeta, então imaginem o pobre aluno que labora para seu sustento.

E não, não vi praxe, mas estive lá pouco tempo. E não, claro que não serei praxado.

6 Comments:

At 10:40 da tarde, Blogger Clara Cymbron said...

Boa sorte para essa entrada na faculdade, eu estou a fazer o caminho inverso, vou começar a estagiar, mas a sensação (se bem me lembro) é a mesma... Bjo

 
At 8:59 da manhã, Blogger HB said...

Obrigado. Caminho inverso? Chiça sou mesmo inexperiente ): Bj

 
At 8:04 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Parabéns.
Então é por causa das aulas que nunca mais te consegui apanhar no "messenger". Andas muito ocupado

 
At 6:09 da manhã, Anonymous Anónimo said...

vou-te catar na faculdade... vais sair de lá todo pintado e com as cuecas por fora das calças...

 
At 2:24 da tarde, Blogger HB said...

Obrigado pelo convite das cuecas, mas sou comprometido.

 
At 8:41 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Quando hoje saí do trabalho,dei de caras com um espectáculo deprimente. Um grupo de jovens adolescentes com ar de caloiros de faculdade, a festejarem, certamente, o seu ingresso na dita cuja, metade deles à porta duma tasca a embebederem-se e a outra metade num passeio em frente, em plena baixa Lisboeta, já bêbedos a fumarem charos. Apesar da minha avançada idade e como não frequento a noite, nunca tinha visto nada assim. Fiquei a pensar no que eles irão dizer à família para justificarem o estado em que chegam a casa. Pensei também como é que a família reage a tal situação. Pensei ainda se a família reage, se enterram a cabeça na areia e fingem que não se passou nada. Fiquei muito triste, com muita pena deles, e do seu futuro, e deste pobre País, se a imaginação destes jovens, para se divertirem, só consegue chegar ao alcool e à droga

 

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