Primeiro Dia
Hoje foi o primeiro dia na Faculdade de Letras.Para descobrir as salas foi uma aventura de concentração e capacidade de decifrar códigos secretos acima da média. Para universitários, portanto.
O chamado Pavilhão Novo é um espaço absolutamente devoluto, antigo e feio.
As inscrições dos comunas são lindas: "pra kékeserve uma tuna?* pergunta retórica", "com três letras se escreve a palavra NÃO" e "MATA- Movimento Anti Tradição Académica".
Aliás, o pessoal do MATA andava desde as nove da manhã a distribuir panfletos contra a praxe, enquanto os tradicionalistas nem vê-los.
À primeira aula (Bases de Análise Gramatical), nem um aviso. Simplesmente meia hora à espera, em vão. Valeu que os de Latim afixaram que só começam dia 6.
Portanto um primeiro dia sem aulas. Se eles próprios fazem gazeta, então imaginem o pobre aluno que labora para seu sustento.
E não, não vi praxe, mas estive lá pouco tempo. E não, claro que não serei praxado.
6 Comments:
Boa sorte para essa entrada na faculdade, eu estou a fazer o caminho inverso, vou começar a estagiar, mas a sensação (se bem me lembro) é a mesma... Bjo
Obrigado. Caminho inverso? Chiça sou mesmo inexperiente ): Bj
Parabéns.
Então é por causa das aulas que nunca mais te consegui apanhar no "messenger". Andas muito ocupado
vou-te catar na faculdade... vais sair de lá todo pintado e com as cuecas por fora das calças...
Obrigado pelo convite das cuecas, mas sou comprometido.
Quando hoje saí do trabalho,dei de caras com um espectáculo deprimente. Um grupo de jovens adolescentes com ar de caloiros de faculdade, a festejarem, certamente, o seu ingresso na dita cuja, metade deles à porta duma tasca a embebederem-se e a outra metade num passeio em frente, em plena baixa Lisboeta, já bêbedos a fumarem charos. Apesar da minha avançada idade e como não frequento a noite, nunca tinha visto nada assim. Fiquei a pensar no que eles irão dizer à família para justificarem o estado em que chegam a casa. Pensei também como é que a família reage a tal situação. Pensei ainda se a família reage, se enterram a cabeça na areia e fingem que não se passou nada. Fiquei muito triste, com muita pena deles, e do seu futuro, e deste pobre País, se a imaginação destes jovens, para se divertirem, só consegue chegar ao alcool e à droga
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