quarta-feira, setembro 17, 2008

Eliminação selectiva de um jogador

Miguel Veloso tem a minha sincera admiração como jogador. Ele e Péle serão a dupla inevitável do meio campo da selecção. Vamos é ver quando.

Não tendo tido, no defeso, metade do mau comportamento de João Moutinho em relação à sua vontade de sair, tendo, como é reconhecido, um mercado de primeira categoria inesgotável, é curioso perceber a reacção dos dirigentes e técnicos leoninos.

O Everton queria Moutinho. Veloso é pretendido por todos os grandes clubes da Europa e do Mundo. Moutinho é agenciado por Jorge Mendes, Veloso por Paulo Barbosa.

Esta estratégia de valorização de Moutinho passa por despromover a categoria de Veloso. Ontem, Paulo Bento, bateu no fundo, sem vergonha, a demonstrar uma evidência.

Meteu Veloso aos 66’. O jogador pegou verdadeiramente na equipa, em toda a largura, de área a área. Em dez minutos jogou mais sozinho que Rochemback, Romagnoli e Moutinho juntos, durante todo o jogo. Abriu para a esquerda, jogada de perigo, livre. Marcou o livre, golo. Depois foi atrás da bola, pegou nela, partiu, distribuiu, fez jogar. Aos 76, Bento deu um murro na mesa. Chegava. Não fosse Veloso envergonha-lho, provar-lhe a injustiçada decisão para a condição de suplente, mostrar àquela rapaziada o que joga em comparação.

Pimba: sai Caneira, entra Pereirinha. Veloso para lateral esquerdo. A ponta esquecida. O Sporting desapareceu. Os sportinguistas acham que Veloso anda em baixo de forma. Nós benfiquistas… Custa-nos não nos desmancharmos.