Estamos de volta
Manuela e Pacheco
O PPD começou o seu ano político com a Universidade de Verão. Nada a opor ao leitmotiv deste tipo de iniciativa: promover a política junto dos jovens. Criar espaços de intervenção para esta faixa etária, tantas vezes desavinda com os partidos.
Da génese da reunião pouco é sabido. Paga-se 120 Euros, ouvem-se palestras de reputados intervenientes, elaboraram-se várias reflexões sobre a intervenção dos jovens na política e, imagine-se, aprendeu-se a falar em público. Pela boca…
Manuela fez uma intervenção, mais uma, sem substância e sem proposta. Nem sequer um caminho global, uma linha de orientação, de mudança, ela que acha que estamos no mau caminho. Criticou várias coisas na ordem do dia dos jornais (Obras e Segurança). Nada de novo, nem na substância, nem na forma.
Manuela apresentou-se num palco, mal alcatifado, desta vez bem iluminado, com um fundo imperceptível (em plano geral lia-se com o nome de Francisco Sá Carneiro), um púlpito, o assessor de sempre dos líderes do partido a apontar o caminho, o organizador (Carlos Coelho) a gritar instruções de última hora… No fundo, claro está, um momento de comunicação política. Não teria nada de mal, pelo contrário, se aquilo que o interveniente tivesse para dizer e, na composição dessa orientação, o fizesse de forma inovadora, inspiradora e mobilizadora.
Manuela, na parte mais mediatizada da sua intervenção, combateu, outra vez o espectáculo da política. Provavelmente não viu as eleições em França, em Espanha e agora nos Estados Unidos. É contra a televisão por cabo? Qualquer pessoa com dois dedos entende que, numa sociedade com esta diversidade de meios em tempo real, só se podem motivar as pessoas para as grandes causas, por via de uma forte componente de festa, espectáculo e participação colectiva. Algum democrata pode, hoje, ser contra a festa da democracia? Opor-se, em consciência, à celebração dos nossos ideais comuns e que queremos, embora de maneira diferente, implementar? O que faz mais sentido ser evocado? Os rituais dos estados, ou a afirmação dos projectos? O desfile das tropas em parada, ou um comício de um partido?
Ponto alto foi quando Manuela criticou o comentário imediato, permanente, sem ponderação. Na véspera deste comício, um dos seus principais conselheiros (quiçá para esta estratégia da ausência de estratégia e insistência na comunicação da afirmação dessa pecha) foi… Pacheco Pereira. O homem em Portugal que mais comenta nos jornais, nas televisões e na Internet.
Portanto, Pacheco, o homem da quadratura, da crónica semanal e do Abrupto, preparou o terreno e apresentou a mulher que se sabe que é contra tudo isso e é, ao mesmo tempo, contra o governo. E já agora. É a favor de quê?
Paulo Portas
Pediu desculpa aos militantes por uma falha da sua liderança. Esclareceu aos repórteres que, quando se erra, se deve assumir e pedir desculpa.
Bom. O vice-presidente não pediu a demissão a semana passada, tendo o presidente do partido ocultado essa informação e ausência estatutária de um membro da direcção, durante cinco ou seis dias. Não. Um ano. Nobre Guedes demitiu-se há um ano! Portas pediu ao Conselho Nacional desculpa por os ter enganado durante um ano. Um submarino oculto nas águas do CDS durante um ano. “Desculpem lá. Nos últimos 365 dias falhei”.
Jerónimo Pimba
A festa do Avante voltou a ser o motor de arranque do PCP. Dois pormenores: a música Pimba ganha cada vez mais terreno no programa da festa. Faz-me lembrar aquela ideia que sustenta que as Câmaras lideradas frequentemente por comunistas têm um ordenamento do território urbano propositadamente decadente. Viver no Seixal, Barreiro e Setúbal é viver em guetos arquitectónicos cinzentos e atafulhados de malta. Com essa estratégia o povo anda mais zangado e é mais propício ao protesto. É só uma teoria.
De resto, não me escapou o pormenor de ser proibida a entrada dos jornalistas na zona de campismo. I wonder why.
O PPD começou o seu ano político com a Universidade de Verão. Nada a opor ao leitmotiv deste tipo de iniciativa: promover a política junto dos jovens. Criar espaços de intervenção para esta faixa etária, tantas vezes desavinda com os partidos.
Da génese da reunião pouco é sabido. Paga-se 120 Euros, ouvem-se palestras de reputados intervenientes, elaboraram-se várias reflexões sobre a intervenção dos jovens na política e, imagine-se, aprendeu-se a falar em público. Pela boca…
Manuela fez uma intervenção, mais uma, sem substância e sem proposta. Nem sequer um caminho global, uma linha de orientação, de mudança, ela que acha que estamos no mau caminho. Criticou várias coisas na ordem do dia dos jornais (Obras e Segurança). Nada de novo, nem na substância, nem na forma.
Manuela apresentou-se num palco, mal alcatifado, desta vez bem iluminado, com um fundo imperceptível (em plano geral lia-se com o nome de Francisco Sá Carneiro), um púlpito, o assessor de sempre dos líderes do partido a apontar o caminho, o organizador (Carlos Coelho) a gritar instruções de última hora… No fundo, claro está, um momento de comunicação política. Não teria nada de mal, pelo contrário, se aquilo que o interveniente tivesse para dizer e, na composição dessa orientação, o fizesse de forma inovadora, inspiradora e mobilizadora.
Manuela, na parte mais mediatizada da sua intervenção, combateu, outra vez o espectáculo da política. Provavelmente não viu as eleições em França, em Espanha e agora nos Estados Unidos. É contra a televisão por cabo? Qualquer pessoa com dois dedos entende que, numa sociedade com esta diversidade de meios em tempo real, só se podem motivar as pessoas para as grandes causas, por via de uma forte componente de festa, espectáculo e participação colectiva. Algum democrata pode, hoje, ser contra a festa da democracia? Opor-se, em consciência, à celebração dos nossos ideais comuns e que queremos, embora de maneira diferente, implementar? O que faz mais sentido ser evocado? Os rituais dos estados, ou a afirmação dos projectos? O desfile das tropas em parada, ou um comício de um partido?
Ponto alto foi quando Manuela criticou o comentário imediato, permanente, sem ponderação. Na véspera deste comício, um dos seus principais conselheiros (quiçá para esta estratégia da ausência de estratégia e insistência na comunicação da afirmação dessa pecha) foi… Pacheco Pereira. O homem em Portugal que mais comenta nos jornais, nas televisões e na Internet.
Portanto, Pacheco, o homem da quadratura, da crónica semanal e do Abrupto, preparou o terreno e apresentou a mulher que se sabe que é contra tudo isso e é, ao mesmo tempo, contra o governo. E já agora. É a favor de quê?
Paulo Portas
Pediu desculpa aos militantes por uma falha da sua liderança. Esclareceu aos repórteres que, quando se erra, se deve assumir e pedir desculpa.
Bom. O vice-presidente não pediu a demissão a semana passada, tendo o presidente do partido ocultado essa informação e ausência estatutária de um membro da direcção, durante cinco ou seis dias. Não. Um ano. Nobre Guedes demitiu-se há um ano! Portas pediu ao Conselho Nacional desculpa por os ter enganado durante um ano. Um submarino oculto nas águas do CDS durante um ano. “Desculpem lá. Nos últimos 365 dias falhei”.
Jerónimo Pimba
A festa do Avante voltou a ser o motor de arranque do PCP. Dois pormenores: a música Pimba ganha cada vez mais terreno no programa da festa. Faz-me lembrar aquela ideia que sustenta que as Câmaras lideradas frequentemente por comunistas têm um ordenamento do território urbano propositadamente decadente. Viver no Seixal, Barreiro e Setúbal é viver em guetos arquitectónicos cinzentos e atafulhados de malta. Com essa estratégia o povo anda mais zangado e é mais propício ao protesto. É só uma teoria.
De resto, não me escapou o pormenor de ser proibida a entrada dos jornalistas na zona de campismo. I wonder why.
O Bloco não pára
Então não precisava de mostrar esta frase nos Outdoor´s.
Então não precisava de mostrar esta frase nos Outdoor´s.
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