segunda-feira, julho 11, 2005

Six Feet Under

Não há palavras que descrevam esta magnífica série. Tudo é bom demais. Allen Ball acertou em cheio. Talvez pela primeira vez o cinema possa invejar a televisão.
A ideia de transformar todo o conteúdo da vida humana, a morte, na forma do projecto, permite uma bonita, encantadora e formidável maneira de abordar tudo o que arrasta a sua angústia: as relações, os afectos e acima de tudo a sexualidade. Se houvesse uma estatística, que talvez os fanáticos americanos tenham, ver-se-ia que 70% das cenas abordam a sexualidade.

Imagino, apesar dos créditos do seu criador, como se vende uma série destas. Sei que foi através de um piloto. Mas mesmo assim como se convencem os investidores a fazê-lo.

Pensar a morte não significa compreende-la. E a sua presença é infinita na nossa vida. Talvez precise de fazer mais coisas para não a viver tão intensamente, como diria a Dra. Diolinda.
Mas Six Feet Under, mostra o outro lado da moeda. A vida para além da morte, a sete palmos de terra. Vai daí talvez seja hora de voltar ao cemitério. Pode ser que encontre lá algumas respostas para as quais não tenho perguntas.


Acabei de ver um episódio. Claro que no site da RTP não consta nem a série a que estamos a assistir (penso que foi o episódio 11 da 2ª série. Nos EUA a HBO transmite neste momento a 5th season).
Aqui está o link para os fãs.