segunda-feira, novembro 03, 2008

Manuela Jesualdo Ferreira

Um azar nunca vem só.

O meu azar: ia escrever algo sobre a imperceptível crónica de Manuela, Sábado no Expresso, intitulada “Investimento Público”. Afinal a ideia foi gira: criar, num artigo enigmático, uma espécie de teaser para a entrevista de Domingo à TSF e DN. Gostava de conhecer o brilhante autor da ideia: “Escreves umas palavras sem esclarecer o que pretendes, a malta cai em cima e no dia a seguir respondes”. Brilhante.

O azar do cabo-verdiano e do ucraniano: por um lado Cabo-Verde, todos sabemos, não deve aspirar a ser mais que aquilo que é para Portugal: um bom paraíso fiscal para bancos manhosos. Por outro, Manuela, respondeu claramente aos radicais de direita, que ao longo de décadas denunciaram e perseguiram os nossos imigrantes na Venezuela, França, Brasil, Estados Unidos, Canadá, Suiça, Luxemburgo.

O azar dos aeroportos que nascem numa só fase: Manuela é a favor de um aeroporto construído por fases. Contra o luxo do TGV. Sobre as estradas, nada. Não é contra nem uma? Uma só? É portanto a favor de todas. Os autarcas do PSD agradecem não ter que correr com ela antes das eleições de 2009.

O azar de Manuela: quando decide falar, logo o malandro do governante decide nacionalizar um banco, acabando de imediato com qualquer espécie de projecção da referida entrevista, com excepção da gafe xenófoba. Vendo bem, se lermos a entrevista, Manuela teve foi sorte em não ver replicado o conjunto de baboseiras sem substância que a aconselharam a dizer.