segunda-feira, junho 27, 2005

Assim Assim

Assim Não
A candidatura do PS à Câmara de Lisboa está envolta em equívocos nada benéficos para o partido, mas acima de tudo para as necessidades e, até agora, correspondente expectativa dos lisboetas.
Manuel Maria Carrilho será um bom presidente de câmara, disso ninguém tem dúvidas. Poucos terão se é o melhor entre os candidatos. É.
Mas não chega. Carmona está a ser avaliado como presidente candidato. E as pessoas, ao contrário do que pensam os políticos, têm ideias claras sobre a própria política. E portanto estão a avaliar, não o Manuel Maria Carrilho futuro presidente, mas o actual pretendente. Aí é preciso inverter algumas tendências.
Carrilho tem que demonstrar dinâmica e vontade de criar uma ampla rede de apoio à sua candidatura. Neste último aspecto o candidato revela alguma desconfiança, o que não pode, mesmo que não confie. Tem de acreditar nos que lhe querem bem! Ou, pelo menos, mostrar que... Não se pode isolar numa redoma pessoal e inacessível.

Para complementar este quadro complicado, Miguel Coelho não ajuda nada. As suas palavras ao último Expresso revelam falta de sentido de equipa. Queixa-se que o candidato já deveria estar na rua. Quer dizer: por um lado sabemos que quer impor nomes, por outro confessa que não consegue negociar estratégias internas de campanha, ele o presidente concelhio, o que quer que isso signifique. É caso para dizer que lhe interessam os fins e critica os meios. Como é que quer ser candidato se discorda da estratégia do no. 1?

Nem Miguel Coelho, nem Maria de Belém são bons candidatos a Presidente da Assembleia Municipal e não está em causa a capacidade política de ambos, tão somente a coerência política de serem/terem sido candidatos a vários cargos. Então professor Carrilho? Ser um out sider, implica ser diferente nas acções e não só nas palavras. Maria de Belém foi candidata a deputada, falada para Oeiras e para a Santa Casa. Agora iria para a Assembleia? Não faz sentido. E Miguel Coelho? Que prestígio goza junto dos Lisboetas? E não é deputado?
Além disso é um profundo erro estratégico ter-se elaborado uma candidatura e um programa e não se ter logo chegado a acordo sobre a equipa. Nunca mais se pode dizer que a equipa está acima dos indivíduos. Disparate.

E já agora. Eu concordo com a justificação sincera do Manuel Maria Carrilho sobre o enfoque da atenção dos media, na sua apresentação no CCB (péssimo sítio). Onde posso ler o programa do PS para Lisboa? Qual o endereço do site da candidatura? Que projectos de dinamização, discussão e animação estão previstos para a sede de candidatura? Enfim... Acredito que isto entre nos eixos, mas é precisa algum rigor e humildade.


Assim Sim
O tom da peça da SIC sobre a apresentação de João Soares foi jocoso. Eu, que nada tenho a ver com tal personalidade e achei que, mais do que nos terem ganho em Lisboa, foi ele que perdeu, até pelo excelente trabalho realizado, considero que a sua candidatura em Sintra (o concelho onde voto, freguesia, sempre nossa, de Queluz) é benéfica, está bem apresentada e tocou no ponto certo para os munícipes: a segurança.
Seria uma lufada de ar fresco e um passo em frente para o populoso e problemático dormitório da cidade. João Soares é o homem certo, com as pessoas certas (brilhante a presença de Edite Estrela e do candidato ás de trunfo, Jorge Coelho, que revela um raro sentido de solidariedade política) e com o know how e experiência adequadas e contrastantes com o actual fantasma que nos preside. Fernando Seara, o homem que vemos pela televisão e cuja obra é um verdadeiro mito. O chamado mito do Hóquei Club de Sintra e do Real Club de Massamá.

domingo, junho 19, 2005

Engano

Afinal enganei-me. Apareceram por lá cerca de 200.

Isso não quer dizer que não tenha sido um fracasso: os próprios nazis esperavam no seu site "alguns milhares".

E depois daquela manifestação fica uma dúvida: se um indivíduo (ou mais) se dirigir a uma autoridade e lhe chamar FdP, vai preso?
É que eu pensei que eram proibidos símbolos e saudações fascistas e nazis e foi o que aconteceu, sem qualquer intervenção do corpo de segurança. Talvez tenha sido para evitar escaramuças, o que não é impeditivo para as forças policiais.
Neste caso e como está devidamente fotografado e gravado, aguardo pelo processo de identificação dos prevaricadores e o seu julgamento.

Ou vai na volta o país fica à espera de um próximo Alcindo Monteiro, para voltar a acordar.

quinta-feira, junho 16, 2005

Ya


Não estranhem meu amigos, ver aqui, publicidade a um acontecimento Nazi.
Aliás estranho é como a blogosfera não promove esta manifestação.
Porque eu tenho a certeza que ninguém desse bando de cobardes vai aparecer no Martim Moniz, no dia e hora marcada.
Portanto, força! Quanto mais visibilidade tiver este evento, maior é o seu falhanço.

terça-feira, junho 14, 2005

Ão

Arrastão
O arrastão demonstra, mais que a segurança (insegurança) que o país (não) vive, o caminho de coma profundo que nos caracteriza.
É uma calamidade nacional, vista e projectada nos órgãos de comunicação social (OCS) como um evento de Verão, género Festival, ou Open Air de terceira.
Um acontecimento desta envergadura merece e também por via da projecção mediática internacional que alcançou, uma resposta sem precedentes das autoridades competentes. O arrastão demonstrou massivamente o que todos temos, directa ou indirectamente, sentido pessoalmente e especialmente nas grandes urbes: o aumento da pequena criminalidade, aquela que é a mais difícil de contabilizar. Eu fui recentemente vítima e a minha mais que tudo também.
O presidente de Cascais (Sr. António Capucho) revelou o seu lado Alberto João Jardim, ou se quiserem o porquê de ser uma face diferente da mesma moeda. Veio logo em directo para o Telejornal, motivado pela campanha que se aproxima e pelo facto de nunca ter sido entrevistado ao vivo desde que foi empossado, exigir à tutela a presença de mais efectivos nas praias do seu concelho. Imaginei logo a desgraça que seria, caso, no flamejado dia do mega assalto, estivessem presentes cem ou mais agentes da autoridade.
Não sou um especialista em matéria de segurança, mas o bom senso, ao contrário do alarmismo do Sr. Capucho, recomenda que criar situações de massacre não são a melhor forma de lidar com estas situações. A prevenção é a melhor conselheira. E como não foi possível evitar na origem, tenho a convicção que o silêncio do Ministro António Costa, demonstra que as forças de segurança, nomeadamente as secretas, preparam uma contra ofensiva sem precedentes, que levará à detenção dos lideres e coordenadores do arrastão (alguns OCS, especialmente a SIC, revelam que não houve chefes, o que é uma clara demonstração ou de desconhecimento da forma como funcionam os grupos, com especial enfoque para os marginais, ou de colaboração com as mencionadas forças secretas). Os chefes, sub-chefes e cabos da operação terrorista vão ser detidos e esta será a primeira forma de atacar futuros acontecimentos.
Uma outra maneira de contra atacar é mudar a legislação. Recordo bem que quando entrei no estádio de Alvalade para o Portugal-Holanda do último Euro, um grupo de anormais fardados me ameaçaram e quase chegaram a vias de facto por causa de um cartaz que ostentava contra o recém empossado primeiro-ministro Santana, embora não o nomeasse. Falaram-me de uma lei que proibia frases provocatórias, que pusessem em causa a imagem do país. É pois agora altura desses cobardes que tinham ordens directas para atacar a liberdade de expressão, exigirem junto do legislador, medidas de excepção que combatam sem contemplações aqueles que prejudicam uma das maiores formas de subsistência do país: o turismo.

Nomeação 1
O senhor Sérgio Figueiredo, homem experiente e conhecedor dos negócios da pátria, continua a dar espectáculo. É caso para dizer que Figueiredo dá o mote, a TVI, RTP e Expresso tocam a rebote. É extraordinário como estabelece uma relação entre os nomeados pelo governo Sócrates e os de Santana, cujo principal argumento foi o de ser uma continuidade de Durão, que como se vê em igual período nomeou mais que o actual governo. Figueiredo pretende ocupar o lugar deixado vago por seu ilustre clone Luís Delgado, pelo flanco esquerdo do adversário comum, o PS.
Claro que é importante um bom acompanhamento à direita. Porque quando se verifica que exceptuando os nomeados para gabinetes políticos, sobram cerca de meia centena de gestores, número histórico, jamais conseguido por nenhum governo da democracia, verifica-se que a tudo não passa de atirar areia para os olhos da opinião pública.

O que está em causa é a admiração que Figueiredo nutre por António Mexia (em que ele aposta para sucessor de Mendes) e pelo PCP. É por isso que os seus critérios editoriais são marcados pela necessidade de ofuscar aquilo que é determinante sobre esta matéria: Como estavam as situações laborais dos administradores cessantes? Como é habitual, prontos a abdicar por não terem confiança política ou agarrados por contractos miraculosos, que lhes deram indemnizações e prémios chorudos? Havia contratos de milhões (prestação de serviços, obras, aluguer de tudo e mais alguma coisa) assinados à última da hora, ou houve o decoro habitual de não os fazer, à beira de eleições ou mesmo depois destas?
Estas são respostas que teremos em breve, estou certo. Para tal é importante o actual poder estar disposto a divulgar, sem complacência, tudo o que tem encontrado, que acredito ser inédito e de uma amplitude jamais vista em Portugal.

Nada do que vos digo justifica a situação de Fernando Gomes. Com a sua experiência e capacidade, não tinha necessidade nenhuma de se expor desta maneira. Recusar o convite do Ministro da Economia era um gesto de elevação que o defendia deste ataque cerrado de que tem sido vítima. E estou certo que não precisa de nenhum cargo numa administração para trabalhar de forma digna e utilitária.

Nomeação 2
As nomeações de José Manuel Barroso e António Guterres colocam Portugal no plano dos grandes poderes decisórios do mundo. Mas foram alcançadas de forma muito diferente.
Por um lado o comissário europeu que revelou sempre uma boa capacidade para os assuntos internacionais, nunca se posicionou para tal missão. Fugiu directamente, quando um conjunto de circunstâncias nacionais e internacionais se conjugaram, para que fosse nomeado. Não foi por assim dizer a consequência de um percurso lógico, nem uma candidatura clara, mas uma coincidência de caciques que fizeram dele a personalidade que menos problemas trazia às chefias europeias e ao Grupo Popular, embora segunda escolha do Luxemburguês e outros que recusaram abandonar as responsabilidades nacionais que tinham/têm.
O seu cargo é puramente político e o seu sucesso depende da capacidade de não confrontar os poderes estabelecidos, salvaguardando os interesses de quem o empossou. Curioso como fica incólume, nos OCS, ao fracasso da missão europeia em França, na Holanda e noutros países da EU.
António Guterres passou por um período de nojo, após um desempenho governativo que considero positivo, mas que admito possa ter avaliações diferentes, especialmente pela forma como abdicou. A verdade é que desde que foi eleito e ainda em período de graça, afirmou que estaria vocacionado para desempenhar funções internacionais, na área dos direitos e igualdade dos cidadãos.
Candidatou-se em concurso público, com normas e critérios de avaliação conhecidas e em competição com outras grandes personalidades da diplomacia mundial. E isso fez com que, ao contrário de José Manuel Barroso, tenha sido uma primeira escolha.
A única experiência internacional que detinha, provinha da presidência da IS, ao contrário de outros que passearam pelos negócios estrangeiros e pelas academias universitárias de conveniência, para auto promoção, como que numa campanha eleitoral internacional ao seu umbigo.
A sua missão é digna e humanitária e a sua acção pode fazer diferença.
Dia 20 de Junho (Dia Mundial do Refugiado) estará no Uganda, na primeira aparição do no Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

Exibição
Luis Felipe Scolari voltou a demonstrar aos portugueses porque continua no comando da selecção nacional. Com aquele estilo marketeiro que temos importado das terras de Vera Cruz, trazido por Einhart da Paz e Roberto Marinho, o seleccionador aproveitou a apresentação da equipa de Portugal para o campeonato dos sem abrigo para anunciar a sua vontade de permanecer no cargo após o mundial de 2006. Afirmou que depende dos resultados, especificamente da qualificação.
Esta opinião manifestada em plena acção de solidariedade não ficou por aqui, porque o prazer profundo de enganar todos é ambicioso e megalómano.
Afirmou que quando vai ao Brasil, sete ou dez dias, logo fica com saudades do nosso Portugal, porque agora os seus amigos e residência, estão e é cá. No fundo, uma nova dimensão da sua estratégia. Agora já gosta de nós. Obrigado Sr. Scolari. Mas há um problema.
É que aqueles senhores que lhe apontavam os microfones e eram muitos o que anuncia que sabiam ao que iam, estão completamente martelados e instruídos. Perante tal demonstração de afecto nenhum lhe pôde fazer a pergunta que a qualquer jornalista digno se impõe.

Saber se, perante tal demonstração de patriotismo espontâneo, tenciona naturalizar-se português, a exemplo de Deco e Derlei.

Álvaro Barreirinhas Cunhal


10 de Novembro de 1913, 13 de Junho de 2005




A toda a família, amigos e colegas de percurso, as respeitosas condolências do EA.

quinta-feira, junho 09, 2005

Eu queria


Mais dez mil horas para estar contigo.
Mais dez mil contos para estoirar.
Mais dez mil anos de vida.
Mais dez mil campeonatos no bucho.
Mais dez mil festejos eleitorais no Áltis.
Mais dez mil maneiras de voltar atrás e outras tantas de fazer igual.

Eu queria

Quando comecei o blog chegar aos dez mil leitores. E chegámos. Obrigado malta.

quarta-feira, junho 08, 2005

Soltas da Bola


Parece que tudo corre bem no país: o da bola. Regozija-se Portugal com o Benfica campeão, histórico e clube de todos nós, restantes 6 milhões e tal, especialmente os chefes de família.
Figo, o Condestável, regressa a bom tempo, quando a selecção começava a complicar e comprometer a qualificação. O país delira com motivo e Figo joga em sintonia. O Príncipe, Rui Costa, demonstra que se o povo quiser pode regressar, apesar do episódio triste e vergonhoso de Martunis no estádio (do qual não tem culpa).

Portugal é amnésico. Esquece a geração que nos devolveu a selecção (com especial enfoque para Baía, mas também Couto) e acha que a equipa conseguiu mais com Deco que com o Príncipe. Em ambos os casos perdemos com a Grécia, aquela que anda à rasca para ser apurada.
Agora que Nuno Ribeiro, Costinha e Deco se arrastam humilhanantemente pelo campo, parece que já não são pessoas dignas. Mas são! Estão é a prazo nos lugares de Moutinho, Fernandes e Tiago, ou Viana. E apesar desta constatação, não está em causa a primazia dos primeiros no Mundial da Alemanha (excepção a Maniche, como veremos).

Efectivamente é sempre embaraçoso um jogador saber que está a prazo com aquela camisola. Isso eu sempre disse de Simão, o natural preterido, aquando do regresso do Condestável. O mesmo se aplica a Alex (jamais será sequer convocado para o Mundial, tapado por Miguel e Ferreira), Meira (eterno suplente de Carvalho), Caneira (também não deve chegar a terras germânicas).
E nem é na defesa que reside o problema. Efectivamente sobre Pauleta a opinião pública tem uma ideia unânime. Hugo Almeida será naturalmente o titular, basta esperar por desaires próximos e mudança de treinador.

E ainda falta Derlei. Um ou dois jogos a titular no Moscovo, a devida projecção dos caciques da comunicação social, três artigos de opinião (contando com Sousa Tavares e Rui Santos) e aí está a convocatória, a tempo coincidente com o Mundial. Será titular e o preterido directo vai ser Maniche, com o recuo sustentado (os mesmos opinion makers) de Deco, mas que corresponderá à sua posição natural de trinco, a exemplo do que fez no Euro 2004 e faz no Barça.

Mas com o n.º 7, com Ronaldo mais consistente, agora sim titular, ainda à procura de regularidade, mas incontestável, Carvalho e outros (Gomes, Petit, Quaresma, Postiga e outros anteriormente referidos) tudo é possível.

Quanto a nós, lá estaremos, na Alemanha. A torcer como sempre, pela nossa selecção, pelo nosso capitão, pelos nossos (os de cada um) heróis.


PS - Nota benfiquista: As melhores escolhas para o Benfica seriam Guy Roux ou Paul Le Guen. No entanto fica uma nota positiva para Ronald Koeman. Além de ser um jovem treinador, tem espírito de campeão (mais como jogador) e representa um Up Grade em relação a Trapp. Má decisão a de dispensar Álvaro, que bem pode ser colmatada. Eu trazia Paulo Sousa, mas os senhores é que sabem.
O final abrupto da conferência de imprensa revela que Vieira, provavelmente, enfiou a carapuça. Haverá copo a mais e guita a menos? É um problema nacional, meu amigo, não se chateie.

domingo, junho 05, 2005

Curiosidade

Gostava de saber (ou melhor, deixemos a ironia, eu até sei. Gostava que se soubesse) qual a posição dos candidatos autárquicos do PS sobre a realização do referendo à Constituição Europeia acontecer no mesmo dia das eleições locais.

O que pensam Manuel Maria Carrilho, Francisco Assis e outros, sobre esta matéria?

quinta-feira, junho 02, 2005

Reforços



Já começa o cacique do costume. Falam em Robinho e eu digo sem hesitar: jamais conseguirão! Esqueçam.

Tenho afirmado que há três jogadores da Super Liga que têm o perfil perfeito para representarem o Benfica: menos de vinte anos, muito talentosos e jogadores da selecção de esperanças.

Targino (Vit. Guimarães), Diogo Valente (Boavista) e José Castro (Académica), este já a caminho do FC Porto.

Não percebo porque é que só se conseguem trazer jogadores estrangeiros medíocres... Serão bons negócios para alguém? Para o Benfica não são de certeza.

Valha-nos esta boa notícia.

quarta-feira, junho 01, 2005

Jantar com Manuel Maria Carrilho



Hoje jantamos com o próximo presidente da Câmara de Lisboa.