terça-feira, junho 29, 2004

E agora damos cabo dos laranjas

Os tempos políticos na ordem do dia fazem-me lembrar aqueles que sucederam a queda da cadeira do Dr. Salazar, quando a situação resolveu de forma dinástica e ditatorial escolher o seu sucessor, o Prof. Marcelo.

Ao PS conviria, naturalmente, que não se realizassem eleições, uma vez que competiria agora a Ferro Rodrigues e sua equipa elaborarem um programa de governação claro e eficaz e consequente forma de o explicar correctamente aos portugueses.

Para o PSD será perfeitamente impossível entregar o governo de mão beijada a Santana, que nunca conseguiu convencer os seus pares a ser, pelo menos, o candidato do partido, quanto mais Primeiro-ministro. Assim o dizem explicitamente Marques Mendes, Pacheco Pereira, Manuela Ferreira Leite e Miguel Cadilhe e em sussurro António Capucho e Marcelo Rebelo de Sousa. And counting...

P'la boca morre o cherne! Vítima das acusações que fez ao seu antecessor, para pior. Guterres recusou em alta este convite, o que humilha e reforça que Durão faz uma verdadeira fuga para a frente em desgraça. Hoje vai tentar explicar a importância deste cargo, para Portugal e para os portugueses, o que ainda o vai prejudicar mais, junto da opinião pública. António Guterres deve-se estar a rir que nem um perdido, principalmente depois de ter explicado, no encontro da Casa Museu João Soares, que saiu por desapego "aos Mercedes, aos Chefes de Gabinete e às Secretárias".

Quando o PS se demitiu da governação, não tendo maioria absoluta, seria fácil continuar o projecto, uma vez que Ferro foi profundamente consensual nas hostes graúdas e nas populares do partido. Os portugueses não compreenderiam esta situação, porque votaram em António Guterres e seria inexplicável qualquer outro Primeiro-ministro. O mesmo se passa agora, com uma diferença: quem vai "tratar" dos negócios da Galp, Águas de Portugal e tantos outros? Agarrem-se, meus amigos, que o barco foi ao fundo.

Depois da debandada de membros (também eles suplentes) do actual governo, quem sobra para assumir funções? Nuno da Câmara Pereira (pasta dos bons vivant fadunchos), Rita Salema (pasta das novelas), Luís Delgado (pasta do lápis azul), José Manuel Fernandes (pasta da guerra) e Paulo Portas (pasta das Américas e ministro com aquela pasta que não se pode falar)?

Jorge Sampaio, diz-se, não gosta da chamada "instabilidade governativa" pelo que lhe será, então, impossível empossar Santana. Mas o Presidente demonstrou ao longo do seu percurso político que precisa de uma mãozinha do povo, para tomar tão corajosa decisão: hoje (às 19.00h) todos a Belém para o ajudar no óbvio. Santana: querias, batatas com enguias.

quarta-feira, junho 23, 2004

Euro Notas 3

Voltámos ao jogo
Surpreendentemente a selecção voltou ao jogo. Não concordo com a exclusão de Rui Costa e Simão do onze, mas felizmente Pauleta é carta fora do baralho. Que é que estavam à espera? Que me derretesse ao Mister Scolari? Não. Eu curto e vibro com as nossas vitórias, mas não abdico do que penso.

We are going home
É o que se espera que, desta vez, os adeptos ingleses cantem. Sem o habitual "not". Primeiro isso significa mais uma semi final no papo e mais um dia de comemoração, agora sóbria, prometo. Mas representa também a ida rápida dos adeptos mais estúpidos do mundo. Acreditem que o Euro é mais bonito sem estes tipos que são verdadeiramente indesejáveis.

Grave
Gary Mann declarou em Inglaterra que foi abusado e vítima da tortura do sono. Até aqui tudo normal. O grave é como é que as autoridades portuguesas se remeteram ao silêncio. Pensaram que assim não ampliariam as afirmações do adepto. Eu acho isto inacreditável. Como cidadão exijo saber (embora acredite na boa fé das forças de segurança, tenho de ouvir explicitamente) a outra versão: que não praticamos torturas seja a quem for. É fundamental para a nossa cidadania. É um lapso perdido na bebedeira do Euro 2004, que tem de ser esclarecido. Urgente.

Ciclo
Há quatro anos, em Eindhoven, Luís Figo, Rui Costa, João Pinto e Nuno Gomes transformaram um pesadelo em sonho. Há quatro anos a minha vida era diferente. Amanhã, espero, fecha-se (ou abre-se?) um ciclo para mim.

Copo
  • Aqui
  • podem ver uma previsão feita (antes da última jornada) por um amigo do Estado Negação. Acontece que, devido ao copo, tem uma omissão: A Alemanha vai ganhar à Suécia e encontrar-nos na meia final, em Alvalade. Este amigo deseja naturalmente que a Suécia vá ficando. Pergunto: porquê?

    Simpatia
    Sven Goran Erikson é um exemplo para todos os treinadores do mundo. Éramos mais bem servidos com este verdadeiro gentleman. Sem truques, sem espinhas. Sem hipocrisias.

    sábado, junho 19, 2004

    Euro Notas 2

    Disparate
    A organização aos níveis logística e desportiva tem decorrido de forma justa e perfeita.
    No entanto, as permanentes ocorrências em Albufeira fazem-me temer o pior. Pergunto: será que só quando houver malha a sério é que se vão tomar medidas drásticas? Será que só quando houver feridos graves, ou mortos, é que se vai terminar com a parvoíce? E não obstante, não é evidente que a difusão diária daquelas imagens, nos órgãos de comunicação social mundial, retira prestígio não só ao evento, como à segurança, como (ao contrário do que disse Jorge Sampaio) afasta públicos turísticos, afinal o principal objectivo extra desportivo.
    Vi, à entrada do Estádio da Luz (Rússia-Portugal) uma situação lamentável. Dois homens sentados no chão, algemados e sob a ameaça constante das forças de segurança, que os mandavam calar de forma humilhante e violenta. O General enfureceu-se e não estivesse com o filho, tenho a certeza, criava ali uma situação muito desagradável. Compreensivelmente. Se os detidos prevaricaram, ou se as autoridades entenderam que sim (mesmo assim não são culpados, isso é decisão judicial) deveriam ser imediatamente evacuados porque, ao contrário do que possivelmente pensaram, a sua exibição não acalma ninguém, antes enfurece e acima de tudo envergonha.
    Não quero com este exemplo sugerir que o mesmo se passa em Albufeira, porque condeno os fanáticos adeptos ingleses, que devem naturalmente ir ver os jogos na Sky Sports. Mas será que as autoridades estão realmente preparadas para as diferentes situações que se lhes apresentam? Então como se explica que não fechem a zona dos bares de Albufeira, durante o período Evening- Night, de modo a evitar a aglomeração e consequente bebedeira? Os senhores dos bares zangam-se? O.K., mas se calhar sem este tipo de publicidade ganham no médio prazo e quem sabe evita-se a desgraça e a má imagem global do país.
    Uma última nota: as imediatas decisões dos tribunais contra os hooligans fazem os portugueses ter orgulho na justiça e perguntar: quando é que esta celeridade é aplicada na justiça interna? Afinal, quando o poder político quer, é possível ter uma justiça rápida e eficaz.

    Cuidado com o Whisky
    O Estado Negação avisa os treinadores que jogam contra Portugal que lhes está a ser servido whisky meio marado.
    Depois do seleccionador russo ter despedido o no. 10, Mostovoi, o melhor jogador dessa equipa, na véspera do jogo connosco, é agora a vez de Iñaki Sáez anunciar que amanhã deixará o seu no.10, Morientes e só o melhor avançado europeu da época transacta, no banco. Será que também Scolari abdica do seu no.10?

    Os génios e os futuros
    A Itália apresentou-se com Toti e Del Piero na equipa titular. A Suécia com Larson e Ibrahimovic.
    Grandes revelações têm surgido neste europeu: Rooney, Cristiano e Schweinsteiger. Os craques de sempre também em grande forma: Poborsky (melhor jogador nos dois jogos da sua equipa, por sua vez a melhor), Figo, Khan, Zizou (três golos, um dos quais não atribuído) e etc.
    Gostaria de esclarecer que, como não se trata do mundial de juniores e como não há restrições de número de jogador por lugar, todas as selecções procuram jogar com os melhores e se necessário conciliá-los. Excepto Portugal.

    Força Figo
    Sir Bobby Robson diz que amanhã Luís Figo quererá assumir a despesa do jogo e brilhar até que a voz lhe doa. É uma visão interessante e possível. Oxalá acertada.
    Para já, fora de campo, começa bem: a resposta à crónica de António Pedro Vasconcelos (Record, 17-06-2004, pág. 13) só pecou por educada demais. Que sirva de exemplo a todos os sapateiros a tocar rabecão naquele que o povo consideraria, segunda-feira, ser um ex. país, não fosse Figo, Rui Costa e sus muchachos.

    Emoção
    Acabo de ver o melhor e mais emocionante jogo, até agora. E depois da brilhante vitória da República Checa sobre a Holanda (3-2) já há uma certeza. Este Campeonato é dos mais competitivos de que há memória. Uma só equipa garantiu a passagem à segunda fase (precisamente a Checa) e só duas equipas estão fora (Rússia e Bulgária).
    Os meus parabéns ao LP (que considerou a Checa favorita) e os meus pêsames aos 200 mil comentadores que não estavam à espera da realização de jogos. Afinal, pensam, bastaria decretar favoritos e afastados...
    Com uma recuperação de 0-2 para o final já mencionado, o jogo foi tão estonteante que até Toni, na pele de comentador, estava eufórico...

    Amanhã
    Faz 4 anos que ganhámos 3-0 à Alemanha. Não esqueço porque o jogo foi em Roterdão e fiz 28 anos...
    Amanhã espero comemorar o aniversário até à meia-noite, que é a hora a que todo o cidadão tem direito.
    A minha querida sogra, que acertou nas últimas vitórias do Benfica em Alvalade e no Jamor, está com bom feeling. Haverá duas sem três?

    quinta-feira, junho 17, 2004

    Euro Notas

    Só um milagre...
    ...Fará com que a Grécia não seja a primeira equipa apurada para os quartos de final. Para tal teria de perder por mais que a diferença mínima e a Espanha perder precisamente pela diferença mínima.

    Nojo
    Os acontecimentos que levaram à perca da titularidade de Rui Costa metem-me nojo e não fora eu um patriota imaculado, mandava já a selecção às couves! (Depois de Baía e João Pinto só nos faltava esta!)
    Os brilhantes comentadores televisivos começaram o cacique. É óbvio que martelados pelas negociações entre o brasileiro e o Chelsea. São estes opinion makers que malharam o jogo todo (contra a Inglaterra) em Zidane e hoje em Owen (contra a Suiça), não obstante a assistência para o 1º golo de Rooney. Só para citar os exemplos mais evidentes. Estranho que Larson ainda esteja incólume...
    Depois a tripeirada ajuda. Em plena Luz assobiaram (timidamente) o Príncipe e gritaram pelo maior ilusionista da história do futebol português. Mais nojo me mete que a maioria silenciosa tenha ficado calada.
    Toda a gente sabe que isto das titularidades pouco tem a ver com mérito ou desmérito. Veja-se como Nuno Gomes, depois de ter sido o mais influente jogador nos resultados de 2000, nunca mais foi titular em detrimento de Pauleta, que já ninguém consegue defender, embora igualmente ninguém discuta!

    Elogio
    Efectivamente ninguém preveria a época horrível que o Príncipe está a sofrer. Depois de ter sido campeão europeu como titular indiscutível e após uma entrada em grande forma, já esta época, Carlo Ancelloti resolveu tirar a titularidade a Rui Costa, oferecendo-lha no Calcio. Como resultado o Milan perdeu a liga dos campeões e foi campeão de Itália. Acresce a esta conquista a vitória na Super Taça europeia, com um golo "criado" pelo Maestro.
    Só um verdadeiro campeão entra daquela forma, faz aquela exibição e aguenta os (tímidos) assobios dos Super Dragões. Faz uma jogada brilhante (aguentando uma vez mais a pressão, para fazer o passe a Ronaldo, no momento certo) e faz em 20 minutos o que o seu rival tentou em 90.
    Só um verdadeiro campeão aguenta a repetição de 2002 (ou já se esqueceram quem foi o crucificado por Oliveirinha? E os resultados obtidos?).
    Só um verdadeiro campeão afirma que se não jogasse pela equipa do seu país jamais defenderia outras cores...
    Só um verdadeiro campeão não chega a Alcochete e faz as malas partindo para um merecido descanso de 13 anos com a camisola das quinas.


    Não obstante
    É, para mim, óbvio que a base da selecção nacional deve ser a equipa do FC Porto, campeã europeia em título. Nesse sentido (acrescido ao "castigo" a Paulo Ferreira) considero que só é lamentável que Scolari não tenha efectivamente feito a preparação com base naquilo que é hoje a "espinha dorsal".

    Madaíl
    Disse que a não vinda da Espanha seria uma verdadeira "desgraça", quando esta equipa disputava o play off com a Noruega. Imediatamente escrevi que isto demonstrava a falta de desportivismo do mais alto responsável do futebol português. Acrescentei que só esperava que, afinal, não viesse a ser a Espanha o nosso carrasco...

    Pode repetir?
    Diamantino acaba de dizer na Sport Tv que uma das "prováveis mexidas" de Scolari para o jogo com a Espanha é a inclusão de Paulo Ferreira em detrimento de Miguel. Começa o cacique. Calma malta, Paulo Ferreira já assinou.

    O Craque
    Todos sabem que o meu jogador português preferido é João Pinto, seguido por Rui Costa.
    Mas sempre reconheci que, dalguns anos a esta parte, Luís Figo é o maior craque deste país. E bem o merece!
    Nos dois jogos já disputados foi o melhor em campo e o sofrimento silencioso que está a sentir, fazem dele um homem de grande carácter.
    Obrigado Figo! Apesar da contestação crescente da massa associativa (sim também Figo, não foge ao espírito merdoso daqueles que, à portuguesa, cospem no prato que lhes dá de comer), continua a ser o nosso craque dentro e fora do campo.

    Dissertação
    Para o próximo jogo, Scolari, poderá apostar nas entradas de Couto e Rui Costa, em detrimento de Simão e Maniche. Morientes e Raul assim o justificam.

    segunda-feira, junho 14, 2004

    Derrotas e Vitórias

    Uma estrondosa derrota mesclada com algum orgulho e uma vitória histórica com paladar amargo, fazem-me sentir esquisito. Não sei se hei-de comemorar, se hei-de ficar quieto. Misturam-se os sentimentos de forma confusa e contraditória.




    Selecção Nacional
    Ao contrário da minha vontade, não resisti e acabei por adquirir bilhetes para os jogos da Selecção Nacional, até à final, ou até ser possível.
    Todos os que acompanham o Estado Negação sabem que previ que Portugal não passaria a primeira fase neste Europeu, porque considero Felipão um equívoco e uma aldrabice do Sr. Madaíl. Não obstante o país deu uma de unanimidade, como se esotericamente não concordar com o treinador signifique que não se apoia a equipa ou mais comum ainda quem não acha bem as suas decisões e atitudes esteja a ajudar à derrota. Eu, ateu de formação, acho que não existe nenhuma relação entre a possibilidade de discordar e discutir e os resultados alcançados. Ou melhor não alcançados. Mais tarde falarei sobre o ciclo 2000-2004 que transformou uma das melhores equipas do Mundo, numa das mais banais. Agora é altura de dissertar um pouco sobre o primeiro jogo.
    O mais extraordinário, nesta altura, é a crucificação pública e veremos se interna, de Rui Costa. Efectivamente o príncipe é alvo das opiniões dos adeptos como se a entrada de Deco tivesse trazido alguma coisa de novo. Para mais depois das ausências de Paulo Sousa e João Pinto a equipa perdeu toda a sua dinâmica no meio campo, característica que marcou Portugal, entre 1990 e 2000.
    Imaginem que nos primeiros 7 minutos, Miguel perdia três (!) bolas, a última das quais servindo de assistência para o primeiro golo Grego. Quem estaria agora na boca do Mundo? Quem seria imediatamente relegado para o banco? Pois não é que o senhor 20 milhões continua impávido e sereno com a titularidade garantida. Pelo menos na opinião pública nacional.
    As grandes questões a colocarem ao Sr. Scolari, são:
    Porque motivo afastou Maniche da selecção durante um ano, não o colocou a titular nos dois jogos de preparação para a presente fase final e agora, em pleno Dragão, o colocou a titular, remetendo para o banco a sua primeira opção, Petit?
    Porque motivo vendeu (e foi comprada em toda a comunicação social) a ideia que é um incorruptível, que não vai em lobies e que não cede a pressões de ninguém e chega ao estádio do Porto e coloca, assim que pode, um meio campo todo do Porto, sem que nunca o tenha testado em dois anos de preparação?
    Será por isso que logo após a derrota são os jogadores Simão, Nuno Gomes, Miguel e Hélder Postiga (dado como reforço na Luz) que dão a cara, de modo a conquistar os adeptos do próximo estádio? Será que amanhã falam Moreira e Petit? Quantos destes serão titulares? Repito, não cede a quê?
    A que se deve o facto de Portugal se ter preparado com duas equipas (uma na primeira parte, outra na segunda) sem nunca se terem testado opções integradas num onze base?
    Porque é que Sven Goran Erikson deu a cara em conferência de imprensa no dia a seguir à derrota e V. Exa. Se mantém sorridente, animado e calado?
    Porque é que a Espanha e a Grécia treinaram com todos os jogadores no dia a seguir aos jogos e a Rússia e Portugal pouparam os titulares, sendo os primeiros vistos na praia? Quem é que teve sucesso? Quem precisa de corrigir?
    O que é feito das suas grandes apostas como Luís Loureiro e Pedro Mendes, para não falar em Bruno Vale e Hugo Almeida? Será que andou dois anos a demonstrar que é simplesmente teimoso?

    Portugal precisa de uma vitória expressiva e motivadora frente à Rússia (dica do LP), para acalentar a esperança de fazer um jogo milagroso com a Espanha. Apesar dos apesares, lá estarei na Luz a apoiar. Resta saber a que pressões vai ceder desta vez o mais pressionável dos treinadores portugueses, em muitos anos.

    Agora porque é os sentimentos são mistos. Apesar da derrota, a presença neste evento é naturalmente comovente e justiça a Sócrates e Cia., só lamentando o número de estádios (que entalaram as Câmaras Municipais) porque o resto, aplaudo veementemente.

    E já agora o meu favorito: Alemanha.


    quarta-feira, junho 09, 2004

    António Pacheco Luciano de Sousa Franco (1942-2004)

    À esposa, à família, aos amigos, aos colegas académicos, camaradas políticos e ao Secretário-geral do PS Dr. Eduardo Ferro Rodrigues, digno representante de todos os militantes e simpatizantes socialistas, apresento as minhas sinceras condolências.




















    Humberto Alexandre Gomes Antunes Bernardo

    terça-feira, junho 08, 2004

    Olhos bem abertos

    Acordai
    Eu acho as picardias, ocorridas nesta campanha eleitoral, globalmente positivas, uma vez que ajudam um povo adormecido a olhar, pelo menos, para o que está verdadeiramente em causa: penalizar a governação nacional da direita e reforçar o Grupo Parlamentar Socialista Europeu e assim ajudar a clarificar a posição da EU nos conflitos emergentes. O reforço do referido grupo será igualmente um apoio dos povos europeus a John Kerry em detrimento de Bush e seus parolos falcões!

    Recordai
    O estilo das picardias fica com quem as pratica. Assim é fácil verificar a estirpe de João Almeida, Ana Manso e Cia. Lda.

    Verificai
    Que o PS corre verdadeiramente sozinho contra a coligação, o PCP e o Berloque. Última sugestão: conviria ao PS, mesmo à boca da urna, recordar aos portugueses quem lançou o Euro 2004 e acima de tudo como o regularizou, de modo a que seja um investimento com lucros claros.

    Zandinga
    Portugal vencerá a Grécia (3-1) e o PS elegerá o 12º candidato, Jardim Fernandes. No Sábado e no Domingo festejarei até que a voz me doa.

    Rebentou mais um escândalo
    Esta propensão do Benfica actual para o abismo é sina. Tiago declara hoje ao Público que Vieira disse aos capitães do SLB que ele só pensa em dinheiro. Vieira por um lado demonstra que Tiago é dispensável porque a vinda de seis ou sete despromovidos jogadores do Alverca colmatará a saída do médio centro, assim como a contratação dos referidos garante que em vez de se preocupar com dinheiro ilícito para as suas contas, cuida do plantel de forma desprendida e rigorosa.
    Tiago declara ainda que será muito difícil coabitar com Veiga, porque o empresário o processou, exigindo 150 mil contos de indemnização quando o jogador abandonou a sua empresa, Superfute. Conflito de interesses? Não, de certeza que os dois empresários (o dos pneus e o dos futebolistas) estão mais preocupados com os do Benfica.

    Media Guide
    A Federação lançou um guia de imprensa no qual qualifica os jogadores que vão representar a selecção nacional no Euro2004. Ricardo, Deco, Petit, Rui Jorge e Ricardo Carvalho são visados prejurativamente no documento. O Estado solicita à Federação que reveja a qualidade do Whisky fornecido aos assessores responsáveis pelo documento. Lá foram dois meses da máscara simpática de Filipão para o galheiro. Até que os jornalistas estavam a tentar estar do lado da equipa, mas assim fica tudo mais difícil.